POLÍCIA
Polícia Civil recupera quase R$ 1 milhão de vítimas de golpes pela internet
POLÍCIA
O enfrentamento da Polícia Civil de Mato Grosso aos crimes de estelionato cometidos por meio de plataformas digitais, apurados pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), resultou no bloqueio de mais de R$ 970 mil subtraídos de vítimas no primeiro semestre deste ano.
De janeiro a junho de 2024, a DRCI deflagrou sete operações, realizou nove prisões entre flagrantes e cumprimento de mandados judiciais, cumpriu oito ordens de busca e apreensão, bem como participou dando apoio a outras nove operações realizadas pelas delegacias da Diretoria de Atividades Especiais (DAE).
Os trabalhos resultaram também na apreensão de materiais eletrônicos, como computadores, aparelhos celulares, tablets, notebooks e pendrives, para apuração de delitos considerados de alta complexidade, praticados por meio virtual.
Em fevereiro, foram desencadeadas duas importantes operações: a terceira fase da “Fake News” e a “Filius Falsus”. No mês de março, a equipe da DRCI deflagrou a Operação “Infância Protegida”. Já em maio, foram quatro operações: “Bad Vibes III”, “Artemis Fronteira”, “Sugar Crime” e “Kill Switch PCDF”, esta última em apoio à Polícia Civil do Distrito Federal.
O comparativo entre o 1º semestre de 2023 e de 2024 aponta o crescimento da produtividade com o aumento significativo de 4.200% no número de inquéritos policiais concluídos, passando de 1 para 43 IP conclusos.
A DRCI também apresentou crescimento de 106,25% na quantidade de inquéritos policiais instaurados, indo de 16 no ano passado para 33 neste ano.
Entre outros destaques estão as intimações expedidas, que subiram 316,07%, saltando de 56 para 233, e as intimações cumpridas, que cresceram 318,87%, de 53 para 222.
A delegada Juliana Chiquito Palhares, que chefia a unidade desde dezembro de 2023, pontuou que seu primeiro semestre de atuação foi um período de conhecimento dos métodos, do objeto da DRCI e, em especial, de aperfeiçoamento dos processos internos. Nesse formato, a DRCI deflagrou sete operações, sendo seis delas provenientes de investigações novas, aplicadas já com uma nova metodologia de atuação.
A delegada ressaltou que fatores como o aumento de efetivo, com três novos servidores, e investimentos estruturais, como a mudança da DRCI para sede própria, foram importantes para o resultado positivo do primeiro semestre, uma vez que as novas instalações proporcionam maior conforto e adequação do local de trabalho para os servidores, refletindo, assim, em uma equipe mais motivada.
Para a titular, os números do 1º semestre também apontam que a revisão dos processos internos é importante e dá certo. Segundo destacou, uma das principais mudanças a implementação de métodos de trabalho com indicadores, além do projeto de expansão dos procedimentos operacionais padrão para todas as unidades de Mato Grosso.
Conforme a delegada titular, a proposta da gestão é atuar com metas atingíveis dentro da atividade finalística, visando sempre o aprimoramento. Por isso, foi criada uma série de procedimentos internos, reforçando a necessidade de uma organização constante e da revisão dos processos.
Outro importante foco da DRCI é a constante e permanente qualificação dos policiais civis da unidade, uma vez que a tecnologia muda a todo momento.
Com a produtividade elevada, para os próximos meses a DRCI planeja desenvolver ações técnicas voltadas aos crimes informáticos próprios, que são aqueles de grande repercussão e que atingem de maneira significativa a sociedade, buscando também a troca de experiências e práticas exitosas com outras unidades.
“A proposta para o 2º semestre é continuar com as atividades especializadas, atender às demandas das eleições municipais, auxiliando à Justiça Eleitoral no que for compatível, e contribuir com todos os mato-grossenses para que o pleito eleitoral transcorra de maneira tranquila e honesta. A DRCI conta com uma equipe dedicada, motivada, determinada e com a total convicção da importância do serviço público de qualidade para servir a sociedade”, finalizou Juliana Chiquito.
Avanço tecnológico
A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos foi instituída pela Polícia Civil em 2020 e integra a Diretoria de Atividades Especiais (DAE), tendo como foco principal a apuração de crimes cibernéticos próprios, ou seja, aqueles que envolvem invasões de dispositivos informáticos, sequestros de dados por meio de malwares e outras situações que atingem a inviolabilidade de dados e/ou de informações, e apoio nas investigações sobre crimes impróprios, ou seja, delitos comuns que usam como meio a internet, como estelionato, furto mediante fraude, extorsão e crimes contra a honra, realizadas por outras delegacias do Estado.
As investigações da DRCI estão em constante avanço devido às tecnologias e ao uso indispensável da internet, tanto para trabalho, compras, vendas ou entretenimento, o que faz com que o mundo virtual seja um ambiente de atuação de criminosos nas diferentes modalidades de delitos.
Entenda abaixo alguns dos crimes investigados pela DRCI:
Estelionato virtual
É considerada a modalidade de crime de alta recorrência virtual e a criatividade dos golpistas com a finalidade de subtrair valores de vítimas não para. A cada dia surgem novos delitos utilizando o meio da internet.
Entre os golpes com maior número de vítimas estão o golpe do amor, o golpe do intermediador de vendas, golpe do motoboy e golpe por meio do aplicativo de celular WhatsApp.
Invasão de dispositivo informático
Ocorre com a invasão de dispositivo informático e, consequentemente, o furto qualificado praticado contra pessoas jurídicas ou físicas.
Fake news
A DRCI também apura ocorrências de notícias falsas relacionadas à pandemia do coronavírus, entre outras divulgações duvidosas, fictícias ou de procedências enganosas.
Pedofilia
A DRCI é a unidade responsável pela coordenação em Mato Grosso da Operação Luz na Infância, que integra uma mobilização nacional de combate aos crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. A operação é articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Fonte: Policia Civil MT – MT


MATO GROSSO
Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado
A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.
Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.
A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.
O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.
Investigação
Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.
As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.
As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.
Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.
Reaver veículo e desistência de ação
De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.
Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.
As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.
Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.
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