MATO GROSSO
Catanni diz que não se arrepende de falas onde compara mulheres a vacas e lutará por suas convicções até o fim
MATO GROSSO
O deputado estadual (PL), Gilberto Catanni está certo de que dificilmente será cassado por quebra de decoro parlamentar. Nesta segunda-feira (14), em conversa com jornalistas, Catanni ainda reforçou que não se arrepende das declarações que fez envolvendo vacas e mulheres, pois não cometeu qualquer crime.
Questionado sobre eventual perda de seu mandato, o deputado disse que caso aconteça, voltará a trabalhar em sua propriedade rural e seguirá fiel às suas convicções.
“Se eu precisar pedir desculpas por defender a vida, contra o aborto, estarei indo contra meus princípios e isso jamais farei. Se eu tivesse cometido algum crime, algum erro, pediria desculpas, mas não entendo que fiz. Não é problema (perder mandato), pois luto até o final pelas minhas convicções”, afirmou.
O parlamentar é alvo de processo disciplinar na Comissão de Ética e terá que apresentar defesa no prazo de cinco sessões ordinárias – previsão até 30 de agosto.
Catanni reafirmou que não comparou mulheres à vacas, que estava apenas defendendo a vida contra o aborto.
“Primeiro que não comparei mulher com vaca, estava defendendo a vida em detrimento ao aborto. Estava em combate contra as ideias abortistas. Gravei aquele vídeo no curral em forma de descontração com familiares, minha esposa, minha cunhada, minha mãe e três irmãs. Alguém da minha família filmou e quem publicou esse vídeo foi o deputado Wilson Santos, que conseguiu de alguma maneira”, disse


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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