Search
Close this search box.
CUIABÁ

IMPUNIDADE

Lúdio diz que Cattani polemiza com vereadora porque AL “passa a mão na cabeça” do deputado

Publicados

MATO GROSSO

O deputado Lúdio Cabral cobrou uma atuação mais combativa da Assembleia Legislativa (ALMT) contra Gilberto Cattani (PL). De acordo com o petista, o parlamentar se envolveu em polêmica com a vereadora Maysa Leão (Republicanos), deixando de apagar vídeo onde a parlamentar afirma que é promovida como ‘defensora de estupradores’, pois a AL “passou a mão em sua cabeça” quando comparou mulheres a vacas. Para Lúdio, Cattani age como alguém que tem convicação que ficará impune.

O deputado também provocou os membros da Comissão de Ética que, segundo ele, agem com lentidão na investigação por quebra de decoro contra o bolsonarista.

“A Comissão de Ética anda num ritmo lento, veio recesso e ouvimos de membros do grupo que tem que ser uma punição pedagógica. O deputado que estava sendo obrigado a refletir seu comportamento acha que pode, ‘já que a Assembleia está aliviando a barra comigo’, então, eu posso continuar assim. É de cortar o coração esse tipo de maldade. Faz sentido um deputado estadual com tantos problemas, que o Estado tem ocupar o tempo dele para defender determinadas posições, que tem que ser objeto do Congresso Nacional e ele fazer recorte de falas para tentar induzir e estimular o ódio?”, questionou Lúdio Cabral.

Leia Também:  TRE aponta falhas na prestação de contas de Moro pela terceira vez

Maysa Leão acusa Cattani de editar um trecho de 90 segundos de conversa de aproximadamente sete minutos sobre a castração química e postar em seu Instagram, estimulando que seus seguidores a critiquem. A vereadora afirma que o post implicou no recebimento de ameaças e solicitou que Cattani o apagasse. Em decorrência da negativa do deputado, Maysa protocolou denúncia na Procuradoria da Mulher da AL por difamação e incitação à prática de crime. Por sua vez, o bolsonarista ingressou com processo por calúnia, exigindo indenização de R$ 50 mil.

Lúdio Cabral acredita que o Legislativo estadual tenha que interferir, defendendo o direito de Maysa Leão e “dar uma lição” em Cattani.

“A Assembleia Legislativa é responsável por isso, a Comissão de Ética é responsável. Porque, lá na AL, ele estava quietinho, faz meses que não vai à tribuna abrir a boca e falar besteira. Ele passou alguns dias nervoso lá, chorando pelos corredores, pedindo desculpas pelo que tinha feito. Aí a Assembleia passa a mão na cabeça, no chapéu, e ele cresce de novo. Se a Assembleia Legislativa passar a mão na minha cabeça vou continuar me comportando do mesmo jeito (Cattani pensou). Isso precisa servir de lição”, asseverou o deputado petista.

Leia Também:  SOS Mulher MT registra mais de 7 mil medidas protetivas com botão do pânico autorizado em dois anos

O parlamentar ainda provocou a AL ao dizer que a falta de iniciativas mais duras do Legislativo contra Cattani contradizem as ações em defesa das mulheres promovidas pela Casa.

“Essa questão é revoltante e a AL não pode passar a mão na cabeça de gente que faz coisa errada. Não adianta fazer discurso de defesa das mulheres e na prática passar a mão na cabeça de quem está atacando as mulheres o tempo todo”, encerrou Lúdio Cabral.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Publicados

em

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

Leia Também:  Bombeiros fazem curso para atuar como árbitros de Certificação Nacional de Cães

A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Leia Também:  Alunos da Escola Tiradentes de Nova Mutum receberão bolsas de iniciação científica em História

Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA