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Neri recusa palanque aberto e critica ‘falta de critério’ de Mendes

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Rompido com a base governista, o deputado federal Neri Geller (PP) criticou a “falta de critério” do governador Mauro Mendes (União) para fazer a escolha de um candidato a senador para o seu palanque nas eleições de 2022.

Decidido que não vai aderir à proposta de ter que dividir o apoio com outros adversários, o congressista expôs suas insatisfações e afirmou que não é possível fazer “um casamento com três noivas”. Isso porque, até então, o parlamentar, ao lado de Wellington Fagundes (PL) e a médica Natasha Slhessarenko disputavam o apoio do governador.

“Não tem como fazer casamento com três noivas, não existe isso. Com todo respeito, é a mesma coisa que eu fosse falar: vou ser candidato ao Senado e três candidatos ao governo me apoiam. Beleza, aí fica bom pra mim, e os outros?. Que história é essa? Não tem um critério para isso, de histórico, de quem ajudou, com quem eu pude conter quando eu precisei? Não tem isso”, disparou.

O descontentamento em questão levou Neri a buscar abrigo no grupo adversário do governador. Na última terça-feira (12), o congressista se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para oficializar uma aliança com a Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PC do B e PV.

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Com a articulação, Neri terá o apoio dos partidos para impulsionar sua candidatura ao Senado em Mato Grosso. Além disso, o parlamentar terá a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), como sua primeira suplente e apoio municipalista do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

O congressista alega que não teve o espaço que esperava dentro do governo, mesmo após toda a sua contribuição dentro da base aliada. Sem citar nomes, Neri também alfinetou seus adversários, que segundo ele, tentaram assumir o protagonismo “às vésperas das eleições”.

“Saio de lá com muita tranquilidade e estou pegando o espaço que eu não tive no governo que eu ajudei durante três anos e meio. Eu ajudei e não foi pouco, diferente de quem está se aproximando agora. Em mim ninguém bota a faca no pescoço, eu sou do diálogo, da convergência e da humildade. No entanto, a humildade não significa que você tenha que ficar omisso”, acrescentou.

Por fim, o deputado federal ainda afirmou que não poderia ficar esperando por uma definição de última hora. Isso porque, nos últimos meses, Mendes ficou neutro em relação ao candidato que iria apoiar na disputa.

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Como justificativa, o governador sempre afirmou que precisava definir se seria candidato ou não, antes de declarar apoio a um de seus aliados. Agora, próximo de lançar seu nome à disputa por um segundo mandato ao Palácio Paiaguás, Mendes busca soluções para minimizar os impactos de um racha dentro de sua base aliada.

“Não é justo querer deixar para o último dia da convenção para decidir quem vai apoiar. Nós temos um grupo consolidado e eu vou ir para uma disputa eleitoral com respeito, mantendo inclusive, o diálogo que eu sempre tive”, finalizou.

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MATO GROSSO

Fábio diz que medida do Carrefour desrespeita produção brasileira e alerta para tentativa de submeter produtores a imposições internacionais

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O deputado federal e secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (UB), respondeu às declarações do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, que anunciou que a rede varejista na França deixará de comercializar carne proveniente do Mercosul. Para Garcia, a medida é um desrespeito à produção brasileira e uma tentativa clara de submeter os produtores nacionais a regras e imposições de países que não conseguem atingir a mesma eficiência produtiva.

Fábio Garcia destacou que essas iniciativas frequentemente surgem mascaradas como preocupação ambiental, mas, na verdade, têm como objetivo proteger os interesses econômicos dos países europeus, que dependem do Brasil para garantir segurança alimentar.

“Criam-se barreiras artificiais para reduzir a competitividade dos nossos produtos, mas a verdade é que o Brasil, especialmente Mato Grosso, é um exemplo global de eficiência e sustentabilidade. Temos mais de 60% do nosso território preservado e uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, o Código Florestal, que garante uma produção sustentável e responsável”, afirmou.

O secretário também criticou a chamada Lei Antidesmatamento da União Europeia, que tenta impor regras superiores às exigências do Código Florestal brasileiro. “Essa é mais uma tentativa de enfraquecer a competitividade do Brasil e deixar nossos produtores reféns de mercados que não possuem capacidade de produzir alimentos suficientes para atender às suas populações”, declarou.

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Garcia destacou que o Brasil já atende aos altos padrões sanitários e ambientais exigidos pela União Europeia, com inspeções rigorosas que atestam a qualidade das carnes brasileiras. Além disso, ele mencionou que Mato Grosso, líder na produção de grãos e carnes, é reconhecido por práticas sustentáveis, como o uso de tecnologias de baixo impacto ambiental e programas de rastreabilidade.

“Somos o celeiro do mundo e não iremos aceitar imposições que desvalorizam nossa produção para favorecer interesses econômicos de outros países. O produtor brasileiro, especialmente o mato-grossense, é modelo em eficiência e respeito ao meio ambiente, algo que muitos países europeus, com suas áreas agrícolas limitadas e práticas menos sustentáveis, não conseguem replicar”, ressaltou o secretário.

O secretário ressaltou ainda que o governo de Mato Grosso reafirma seu compromisso com a defesa do agronegócio brasileiro e sua economia, promovendo a sustentabilidade e garantindo que os direitos dos produtores sejam preservados, sem ceder a pressões externas injustas.

Fábio concluiu com um posicionamento firme em defesa da soberania nacional: “Não admitiremos imposições que desrespeitem nossas leis e prejudiquem nossa economia. O Brasil é maior do que isso e continuará liderando o mercado global de alimentos com qualidade, sustentabilidade e respeito às suas próprias regras. Quem perde com essas decisões protecionistas são os consumidores europeus, que ficarão sem acesso aos melhores produtos do mundo”.

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