MATO GROSSO
Prefeito Abílio Brunini planeja criação da Guarda Municipal até o fim de 2025
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O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou que a criação da Guarda Municipal é uma das suas prioridades, com a previsão de lançamento ainda neste ano. No entanto, ele ressaltou que será necessário realizar uma reestruturação financeira no município para que o projeto seja viável e o concurso para a contratação de servidores possa ser lançado.
“Muita gente está querendo que eu faça agora a Guarda Municipal, mas estou com 15 dias de Prefeitura, não é assim. Mas vamos fazer, quero neste ano terminar ele, com o projeto já pronto para poder organizar como isso vai funcionar. Se der tudo certo, a gente lança o edital do concurso ainda esse ano. É um desejo nosso para começar o ano que vem já com a Guarda instituída”, disse Abílio em entrevista à rádio CBN Cuiabá.
A criação da Guarda Municipal está entre as promessas de campanha do prefeito, e será vinculada à nova Secretaria de Segurança da Capital, que será instituída após a reforma administrativa, a ser encaminhada à Câmara Municipal. Contudo, o prefeito destacou que o município enfrenta dificuldades financeiras que precisam ser resolvidas antes de seguir com a implementação da Guarda. “Ainda tem pessoas que não conseguimos pagar todos os contratos, não conseguimos pagar ainda todos os valores da atividade delegada, que é a Polícia que faz aquele trabalho compensatório. Nós ainda não conseguimos pagar os fornecedores mais essenciais e a gente continua com essa dificuldade financeira para resolver”, explicou.
Em relação ao número de servidores, Abílio afirmou que não há um número exato, mas estima-se que cerca de 100 efetivos sejam necessários para atuar na Guarda Municipal. “É cedo para falar sobre isso, mas tenho certeza que menos de 100 pessoas não será, porque a demanda é maior do que isso. Mas a gente ainda vai organizar a casa para tomar essa decisão”, completou.
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Setor agropecuário apoia veto ao PLC 18/24
Aprovado recentemente na Assembleia Legislativa, o PLC 18/24 vem causando um grande debate na sociedade em virtude de uma potencial autorização de abertura de áreas que ele poderia vir a promover, caso sancionado. Como a proposta legislativa atua diretamente nos trabalhos do setor agropecuário, de pronto criou-se a equivocada ideia de que a proposta tenha sido oriunda dos produtores rurais.
Há, por isso mesmo, a necessidade de se lançar algumas luzes sobre o tema. Inicialmente, é preciso dizer que, de fato, há muito tempo o setor agropecuário vem solicitando normas mais claras e justas no que diz respeito ao tipo de vegetação. Os critérios atuais deixam mais margens para dúvidas que para certezas, e isso gera insegurança jurídica para o produtor e para o corpo técnico da Secretaria de Meio Ambiente. Assim, é imperioso que se tenham normas mais claras.
Desta forma, quando a Assembleia Legislativa resolveu fazer os estudos para que se criasse um substitutivo integral ao projeto original, de autoria do Governo, e enfrentar esse problema, para o setor foi, sim, uma medida de interesse. É de suma importância que o assunto seja discutido, de fato, e a Casa de Leis é o local primordial para o debate acontecer.
O setor agropecuário reconhece todo o trabalho realizado pelo Deputado Nininho e de seu esforço no sentido de buscar regras mais claras, mas também reconhece que a redação final do projeto o tornou inexequível em termos ambientais, motivo pelo qual concordou plenamente com a sugestão de veto tratada em reunião com o governador do Estado. Aliás, não apenas o setor agropecuário concordou com a necessidade do veto, mas até mesmo o Deputado Nininho, autor do texto aprovado, juntamente com outros representantes da Assembleia Legislativa anuíram com ele.
É de suma importância ressaltar que o setor agropecuário tem muito interesse em participar da construção de normas que promovam o desenvolvimento sustentável de nosso Estado. Mas, repetimos, é fundamental que existam normas claras e que promovam segurança jurídica para os produtores e técnicos.
Por concordar com isso é que o governador Mauro Mendes determinou que seja criada uma comissão a ser coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, para que se estude uma redação que guarde respeito ao Código Florestal Nacional, inclusive com a decisão mais recente do STF sobre alguns dispositivos que estavam suspensos desde a publicação da lei, e que agora foram declarados constitucionais.
Ressaltamos a importância da ALMT em colocar esse tema em debate. A provocação foi feita. O Governo acertou em vetar e o setor agropecuário o apoia nesse veto. Agora é hora de a sociedade buscar entender, de fato, a questão e fazer o debate. E que seja um debate técnico, justo e que prime pela sustentabilidade aliada à produção.
Artigo de posicionamento sobre o veto do PLC 18/24 do Fórum Agro MT, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Organização das Cooperativas do Brasil – Mato Grosso (OCB/MT), Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir).