POLITÍCA NACIONAL
Aneel e Enel atribuem apagão em São Paulo a eventos extremos; parlamentares apontam falta de manutenção
POLITÍCA NACIONAL
A interrupção do serviço de distribuição de energia elétrica em vários municípios de São Paulo, no início de novembro, foi discutida nas comissões de Minas e Energia; e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6).
Segundo o diretor da Enel, Max Xavier Lins, o blecaute de 3 de novembro foi causado por uma tempestade que atingiu a capital paulista e 23 cidades da região metropolitana.
A tempestade destruiu, além de transmissores, 220 quilômetros de redes de distribuição e mais de 2, 1milhões consumidores ficaram sem luz. Poucos vão ser ressarcidos pelos prejuízos.
“Tivemos 8.478 solicitações após o evento climático do dia 3. Dessas, 440 já foram pagas, 7.744 estão em fase final de pagamento e 964 foram rejeitados porque não havia nexo causal”, contabiliza Max Lins.
“Nós vamos isentar o pagamento de três contas de energia para os cliente que ficaram mais de 48 horas sem energia e para os eletrodependentes [que utilizam equipamentos elétricos para sobreviver], independentemente do tempo que ficaram sem energia”, afirma o diretos da Enel.
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, informou que a agência reconheceu que a falta de energia elétrica em São Paulo foi decorrente do temporal.
“Tanto os elementos que foram apresentados e apurados pela área de fiscalização da Aneel, como pela agência de fiscalização de São Paulo e os órgãos públicos daquele estado, demonstram que foi um evento de condições extremas e que deve ser tratado com sua real dimensão. É um aprendizado para que possamos responder a essa realidade que se impõe”, afirmou Feitosa.
Já o diretor do Procon SP, Luiz Orsatti Filho, disse que a Enel acumula mais de R$ 109 milhões. Somente em novembro foram 3.865 reclamações. A multa decorrente do apagão foi de R$ 12 milhões, podendo dobrar.
O deputado Rodrigo de Castro (União-MG) foi um dos parlamentares que solicitaram o debate sobre o apagão da Enel. “Espero que esse diálogo com a empresa possa contribuir para a melhoria da qualidade do serviço para os consumidores”, afirmou.
Manutenção
Os deputados atribuíram o caos vivido em São Paulo à falta de prevenção e manutenção da rede pela concessionária.
O deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP) denunciou que a empresa cortou custos com a redução de pessoal e piorou o atendimento à população. “Houve uma série de eventos extremos em São Paulo, ninguém nega isso. Mas não tem prevenção. Funcionários que reclamavam que foram demitidos quando a empresa assumiu foram recontratados com urgência para atender as demandas dos problemas causados em 3 de novembro”, afirmou.
Já o deputado Carlos Bacelar (PL-BA) criticou o atual modelo de concessão. Para ele, não se pode admitir que sejam renovadas concessões de empresas que não estejam comprometida com o usuário e que acumulem reclamações no Procon. “Como é o caso da Enel em São Paulo. Não podemos atestar a incompetência dessas operadoras e permitir que tenham como prêmio a renovação de um contrato por mais de 30 anos”, afirmou.
Da TV Câmara – RL
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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