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Artistas pedem derrubada de vetos a leis que protegem trabalhadores da cultura

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Elaine Menke/Câmara do Deputados
Evento Técnico - Expresso 168 - Derrubada dos Vetos às Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 . Leticia Spiller - ATRIZ
Leticia Spiller: a Cultura gera um PIB de R$ 170 bilhões para o governo

Artistas de diversas áreas e parlamentares ligados à cultura se mobilizaram para convencer deputados e senadores a derrubarem os vetos presidenciais às leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo, que apoiam os trabalhadores do setor cultural.

Eles ressaltaram que muitos integrantes da cadeia produtiva da cultura ainda não conseguiram retomar suas atividades em meio à pandemia do coronavírus e passam por dificuldades financeiras.

A Lei Paulo Gustavo prevê a utilização de recursos do Fundo Nacional de Cultura e do Fundo Setorial do Audiovisual para dar um suporte econômico ao setor cultural. A Lei Aldir Blanc 2 estabelece repasses anuais de R$ 3 bilhões, feitos pela União a estados e municípios, para apoiar 17 tipos de atividades culturais por meio de editais, chamadas públicas e prêmios.

Artistas conhecidos do grande público se juntaram a fazedores anônimos de cultura na manifestação pela derrubada dos vetos. Os atores Babu Santana e Leticia Spiller reforçaram a importância da área de cultura para o país.

“A gente está com muita dificuldade de articular, de arrecadar. Então a gente vê nessas leis uma chance de a gente recuperar o mercado, a cultura em si”, disse Santana.

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“Quando a gente fala de cultura, a gente fala de Brasil, a gente fala de toda essa diversidade, dessa pluralidade, dessa grandeza que é o nosso país culturalmente. A gente está falando de vida, de sobrevivência, porque a cultura é um setor extremamente competente, a cultura gera mais de 6 milhões de empregos, ela gera um PIB de R$ 170 bilhões para o governo, então não é pouca coisa”, afirmou Leticia Spiller.

Elaine Menke/Câmara do Deputados
Evento Técnico - Expresso 168 - Derrubada dos Vetos às Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 . Babu Santana - ATOR
Babu Santana: essas leis são uma chance para recuperar o mercado cultural

Municípios
A presidente da Comissão de Cultura da Câmara, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), uma das parlamentares à frente da manifestação, apontou o caráter descentralizador das duas leis que foram vetadas.

“É fundamental para a cultura do Brasil que esses dois vetos sejam derrubados. São recursos para o fomento da cultura, para chegar em todos os municípios do país. Por isso a gente está recebendo artistas renomados, artistas que não estão pedindo por eles, estão pedindo pela cultura, estão pedindo que em cada lugar desse país todo fazedor de cultura possa ter acesso e continuar trabalhando e gerando renda”, observou a deputada.

Wesley Amaral/Câmara dos Deputados
Expresso 168: Em defesa da Cultura Brasileira. Dep. Professora Rosa Neide PT-MT
Rosa Neide: São recursos para chegar em todos os municípios

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Os manifestantes salientaram o impacto que as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 têm junto aos artistas menos conhecidos, como atesta Alessandra Constantino, representante do Fórum Pró Cultura da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, no interior paulista.

“Essas leis chegam direto para o município, sem passar por nenhum outro trâmite, nenhum outro caminho. Isso faz com que os artistas, os fazedores de cultura dos pequenos municípios, possam ser contemplados, possam ser vistos, possam ser reconhecidos, porque mesmo nós, sendo artistas e fazedores de cultura do estado mais rico do Brasil, os recursos não chegam para a cultura”, disse Alessandra.

A mobilização ocupou uma das entradas e o hall da Taquigrafia da Câmara, para chamar a atenção tanto dos parlamentares quanto do público em geral.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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