Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Audiência debate problemas psicológicos que atingem os jovens no Brasil

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Depositphotos
Foto de uma menina de costas sentada no pé de uma escada
Epidemia de Covid-19 aumentou casos de depressão entre os jovens

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e o grupo de trabalho criado para avaliar os problemas psicológicos que atingem os jovens brasileiros realizam uma audiência nesta segunda-feira (11) sobre as políticas públicas de prevenção de transtornos mentais entre jovens.

O debate foi sugerido pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP). Segundo a parlamentar, desde o início da pandemia de Covid-19, desemprego e instabilidade financeira, defasagem no processo de aprendizagem, isolamento social, violência doméstica e perda repentina de entes queridos tornaram-se cada vez mais comuns.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi clara: há uma epidemia paralela, ainda mais agravada pela Covid-19, a epidemia de transtornos mentais”, alerta Tabata.

“No Brasil, uma nota técnica publicada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) identificou que a piora da pandemia durante o ano de 2021 se relacionou diretamente à saúde mental da população”, afirma a deputada ressaltando que, segundo a nota, os casos de depressão entre jovens de 18 a 24 anos quase dobrou (5,6% em 2013 e 11,1% em 2019).

Leia Também:  Comissão especial debate tratamento de mieloma múltiplo no SUS

O estudo do Ieps mostra ainda que os fatores que mais influenciam no desenvolvimento de depressão entre esses jovens são: desigualdades no mercado de trabalho, idade, atividade física e exposição a episódios de violência.

“O cenário é de uma juventude mentalmente adoecida e com chances escassas de realizações, tanto pessoais quanto profissionais: qual o futuro possível para eles?”, questiona Tabata.

Prevenção
A resposta, segundo a deputada, é apontada documento “Caminhos em Saúde Mental”, publicado pelo Instituto Cactus em parceria com o Instituto Veredas, e que destaca a prevenção como um processo fundamental, com o fortalecimento de serviços de Saúde Mental na Atenção Primária e o aumento do financiamento da Rede de Atenção Psicossocial.

O documento também sugere intervenções interdisciplinares para garantir a efetividade nas políticas públicas, “recomendando fortemente a articulação entre os serviços de forma a contemplar outras áreas como assistência social, educação e cultura”.

Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto com os deputados, entre outros, a gerente-geral do Instituto Cactus, Luciana Barrancos; o pesquisador de Economia da Saúde no Ieps Matías Mrejen; e a diretora-executiva do Instituto Veredas, Laura dos Santos Boeira.

Leia Também:  Deputados comemoram conquistas durante homenagem ao Dia da Consciência Negra

A audiência será realizada no plenário 10 a partir das 10 horas, e poderá ser acompanhada ao vivo pelo portal e-Democracia.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Câmara pode votar proposta que desobriga estados e municípios do investimento mínimo em educação

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Projeto permite que jurado de Tribunal do Júri deduza até R$ 3,5 mil do Imposto de Renda

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA