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Audiência discute atualização de protocolos para tratamento de HIV e hepatites

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A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados promove audiência pública na próxima quarta-feira (24) para discutir a incorporação de novos medicamentos para tratar Aids e hepatites virais.

O debate foi sugerido pelas deputadas Daiana Santos (PCdoB-RS), Ana Pimentel (PT-MG), Erika Kokay (PT-DF) e Erika Hilton (Psol-SP).

Atualmente, no Brasil, estima-se que existam 700 mil pessoas vivendo com HIV/Aids em terapia antirretroviral.

Segundo o último relatório da Unaids (programa das Nações Unidas para combater a epidemia de HIV), o Brasil é um dos países que têm estimativas robustas de aumento de novas infecções. Entre 2007 e 2021, foram notificados 381.793 casos de infecção no País. Mais da metade foi registrado entre pessoas de 20 a 34 anos (52,9%).

Já em relação às hepatites virais, os dados mostram que há 10 mil novas infecções por hepatite B e 67 mil novas infecções por hepatite C na região das Américas.

Protocolos atrasados
As deputadas lembram que um dos objetivos do Ministério da Saúde é justamente atualizar protocolos clínicos para garantir a universalidade e a melhoria da qualidade da atenção à saúde. Elas reclamam, no entanto, que o tratamento para HIV em adultos não é atualizado desde 2018. Já o protocolo para hepatite C está desatualizado desde 2019, e o para hepatite B, desde 2017.

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As parlamentares afirmam ainda que há novos medicamentos antirretrovirais para tratar o HIV/Aids que já aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda não foram incorporados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Tais atrasos constituem uma verdadeira desvalorização de um programa que foi referência internacional no combate ao HIV/Aids pela excelente resposta governamental nos anos 1990 e no início dos anos 2000, garantida pela mobilização da sociedade”, lamentam as deputadas no documento em que pediram a audiência.

Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto representante dos seguintes órgãos:
– Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde;
– Anvisa;
– Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec);
– Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob); e
– Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI).

A audiência será realizada a partir das 9h30, no plenário 13.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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