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POLITÍCA NACIONAL

Caçadores e colecionadores criticam demora do Exército na regulamentação de armas

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POLITÍCA NACIONAL

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Deputado Luis Miranda fala ao microfone
Luis Miranda pediu a audiência e reclamou da falta de representantes do Exército no debate

Representantes de clubes de atiradores e caçadores (CACs) reclamaram nesta terça-feira (30) que estão tendo dificuldade na concessão de registros e transferência de armas.

Essa documentação é fornecida pelo Exército Brasileiro através de um sistema digital, o Sigcorp, mas atualmente o processo está demorando mais de cem dias para ser concluído e muitas vezes os pedidos são negados sem embasamento documental.

O alerta foi feito pelo representante do Clube Esportivo de Atiradores, Caçadores e Colecionadores do Distrito Federal, Hertez Brenner, durante audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

Ele citou como exemplo da demora o Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), que já foi referência nesse atendimento, mas está atualmente com o serviço de protocolo de documentos fechado ao público e com demora excessiva na análise dos pedidos. “Existe uma falta de padronização entre todos os batalhões”, reclama Brenner acrescentando que cada unidade cria normas próprias.

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Para o representante do Portal Chumbo Grosso Armas Rafael Salerno, a audiência poderia ter sido evitada se o Exército tivesse canais para ouvir as reclamações dos CACs em todo o País.

Segundo ele, a solução é criar um órgão que possa unificar, profissionalizar e dar celeridade às demandas dos usuários de armas no País. “Porque aqui nós estamos falando dos CACs, porém, se colocarmos todo o público que está hoje junto à Polícia Federal, se somam mais de dois milhões de brasileiros que se utilizam ou são proprietários de armas no Brasil”, calculou Salerno.

Já o advogado criminalista Marcelo Brasal afirmou que a falta de agilidade no atendimento dos CACs por parte do Exército fere o princípio constitucional da eficiência do serviço público, o que poderia ser resolvido com a digitalização do registro e transferência de armas, como é feito atualmente com a carteira de motorista.

O Exército foi convidado a participar do debate mas não enviou representantes, o que para o deputado Luis Miranda (Republicanos-DF) demonstra profundo descaso da organização em relação ao pleito dos CACs.

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“Uma audiência pública tem que ser respeitada. O Exército inteiro não mandar ninguém para representar eles é vergonhoso”, criticou o parlamentar, que pediu a realização da reunião.

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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