POLITÍCA NACIONAL
Caiado defende em CPI tipificação criminal de algumas condutas do MST
POLITÍCA NACIONAL
Em audiência pública na CPI do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) nesta quarta-feira (31), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu que o colegiado apresente projeto de lei para tipificar como crime algumas condutas do movimento. Na opinião do governador, quem acampar às margens de estradas e rodovias, por exemplo, deveria perder o direito de participar de programas de reforma agrária, assim como o de receber benefícios de políticas sociais do governo.
Ronaldo Caiado também sugeriu aos deputados da CPI investigar a origem dos recursos que financiam o movimento dos sem terra. Segundo disse, o MST não tem estatuto, nem identidade, portanto “não pode ser considerado entidade, é clandestino”. Ele sugeriu que o dinheiro que financia o movimento poderia vir do narcotráfico.
“Eu não tenho receio de governo de direita, nem governo de esquerda, nem governo de centro, eu tenho receio de governos que são controlados pelo narcotráfico. A invasão do narcotráfico nas estruturas que se apoderam e que podem se apoderar do poder. E é importante que vocês realmente possam avaliar esse nível de financiamento”, defendeu.
Relator da CPI, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) afirmou que, como o MST não tem personalidade jurídica, a comissão irá rastrear os recursos da organização por meio de outras instituições que integram o movimento.
“Como o MST, propositalmente, foge às suas responsabilidades não assumindo personalidade jurídica, endereço, CNPJ, isso mostra bem que, efetivamente, todas essas ramificações são braços de um mesmo movimento: FMN, Via Campesina, Camponeses pobres de Rondônia, é tudo a mesma coisa. Na prática, isso permite que nós façamos o rastreamento dos recursos”, explicou.
Assim como Ronaldo Caiado, Salles ainda defende a regularização fundiária dos assentados como forma de livrá-los do movimento. “A titulação é a carta de alforria dos assentados”, afirmou.
História
A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) ressaltou que o MST nasceu em seu estado em 1984. Segundo a parlamentar, a motivação para que pequenos trabalhadores rurais se organizassem no movimento surgiu com a construção da hidrelétrica de Itaipu.
O Brasil ainda vivia a ditadura militar e, segundo Gleisi, os trabalhadores rurais foram simplesmente expulsos das terras que ocupavam, sem nenhuma indenização, para a construção da usina. Organizaram-se, então, para tentar conseguir novamente um pedaço de terra.
Gleisi Hoffmann ressaltou que, desde sua criação, o MST já ajudou a assentar mais de 450 mil famílias, e não se pode simplesmente criminalizar o movimento. A deputada defendeu que a coexistência dos assentamentos e do agronegócio não é contraditória, e ambos devem contar com o apoio do governo.
“Eu acho que a gente tem que parar com o preconceito, nós não estamos falando de bandidos. Quando vocês falam de bandidos e criminosos aqui, vocês estão atingindo mais de 450 mil famílias que trabalham de sol a sol, sustentam seus filhos e põem comida na mesa do povo trabalhador”, disse Hoffmann.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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