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POLITÍCA NACIONAL

Câmara analisa MP que altera regras de fundo de garantias solidárias do setor rural; acompanhe

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Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Deputados em pé no Plenário da Câmara estão conversando
Deputados votam projetos no Plenário

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), abriu há pouco a Ordem do Dia do Plenário com 359 deputados registrados na sessão deliberativa semipresencial. Neste momento, os deputados discutem a Medida Provisória 1104/22, que permite o uso dos Fundos Garantidores Solidários (FGS) em qualquer operação financeira vinculada à atividade empresarial rural, inclusive aquelas realizadas no mercado de capitais.

O relator, deputado Pedro Lupion (PP-PR), defendeu a MP por modernizar o setor de títulos agropecuários. “A medida provisória, que recebeu mais de 300 emendas, desburocratiza o agro para o produtor ser cada vez mais valorizado.”

Já a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) criticou a medida por ampliar o poder do mercado financeiro sobre a produção rural, o que pode causar especulação. “As terras e a produção agrícola ficam atreladas à lógica do mercado financeiro, com investidores buscando lucros rápidos e desestimulando a produção de alimentos”, afirmou.

“Em vez de ampliar a produção do setor, esta medida provisória retira a capacidade produtiva, fazendo com que os grandes proprietários vivam de especulação. Isso coloca em risco o comércio de nossas terras”, disse a deputada.

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O líder do Cidadania, deputado Alex Manente (SP), defendeu a MP por considerar que dá a estrutura legal para o financiamento privado do agronegócio brasileiro. Já o líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), afirmou que a proposta extrapolou o seu papel.

Acesso ao crédito
O relator da MP, Pedro Lupion, explicou que a medida aprimora dispositivos da Lei do Agro, que criou novas medidas para obtenção de crédito e financiamento de dívidas de produtores rurais. “A proposta traz a ampliação no universo de agentes autorizados a emitir Cédula de Produto Rural; o rol de produtos passíveis a ser objeto de emissão de CPR; o aprimoramento dos requisitos essenciais constantes na CPR; a ampliação do prazo, e por aí vai”, disse.

A CPR é um título que representa uma promessa de entrega futura de um produto agropecuário, funcionando como um facilitador na produção e comercialização rural. Ela é emitida pelo produtor rural ou suas associações.

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Reportagem – Francisco Brandão e Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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