POLITÍCA NACIONAL
Câmara aprova projeto que prevê promoção de cultura da paz nas escolas; acompanhe
POLITÍCA NACIONAL
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) projeto de lei que traz objetivos, princípios e diretrizes da Política Nacional de Promoção da Cultura da Paz nas Escolas, a ser implementada em regime de colaboração entre os governos federal, estaduais e municipais. A proposta será enviada ao Senado.
O Projeto de Lei 1482/23, da deputada Professora Goreth (PDT-AP), foi aprovado com texto da deputada Lídice da Mata (PSB-BA). Segundo a proposta, deverão ser criados protocolos de prevenção e de gestão de crise para lidar com situações de violência nas escolas públicas e privadas.
Esses protocolos deverão prever ações específicas para cada tipo de violência que possa ocorrer no ambiente escolar, assim como ações preventivas: campanhas educativas, palestras e atividades pedagógicas para fomentar a cultura de paz e o respeito ao outro.
Para tornar efetiva a política, a ser regulamentada pelo Poder Executivo, serão admitidas parcerias, cooperação técnica e financeira com agentes públicos, privados e do terceiro setor.
A política será implementada, monitorada e avaliada de forma articulada entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.
Objetivos
O projeto cita nove objetivos para a política nacional de paz nas escolas, dentre os quais:
- adoção de medidas preventivas e educativas para controlar atos de violência no ambiente escolar;
- oferta de suporte e assistência psicológica prioritariamente a estudantes envolvidos em situações que ameacem a segurança e a cultura de paz;
- fomentar instâncias estudantis participativas, como representação de turmas, comissões e grêmios para ampliar e garantir a participação ativa dos estudantes no dia a dia e nas decisões da escola; e
- criação de mecanismos para ampliar o envolvimento das famílias e responsáveis legais dos alunos na conscientização, na prevenção e no combate à violência nas escolas.
Princípios
Quanto aos princípios, o texto de Lídice da Mata lista dez, dos quais destacam-se:
- valorização do diálogo e convívio entre gerações;
- redução da marginalização e das desigualdades sociais como forma de prevenção à violência;
- promoção do diálogo e da comunicação efetiva entre os membros da comunidade escolar para estimular a escuta ativa, a empatia e a compreensão mútua; e
- resolução pacífica de conflitos por meio de estratégias de mediação, negociação, diálogo e outros métodos alternativos para solução de conflitos.
Diretrizes
Em relação às diretrizes para a formulação da política, o texto estabelece 11 delas, como:
- estimular a participação dos estudantes, professores e funcionários das escolas públicas em atividades que incentivem a cultura da paz;
- desenvolver e disseminar materiais educativos sobre a cultura de paz e a prevenção da violência nas escolas;
- capacitar os profissionais da educação em práticas pedagógicas voltadas para a prevenção da violência e para a promoção da cultura de paz; e
- estimular a criação de espaços de convivência e diálogo nas escolas para a promoção da cultura da paz.

Debate em Plenário
A aprovação do Programa Nacional de Promoção da Cultura da Paz nas Escolas, previsto no Projeto de Lei 1482/23, foi defendida por parlamentares de diversos partidos durante a discussão em Plenário.
A proposta incentiva a execução de medidas preventivas à violência nas escolas, como: suporte aos alunos envolvidos em conflitos, projetos de mediação, participação da comunidade escolar na cultura da paz, entre outras medidas.
Autora da proposta, a deputada Professora Goreth afirmou que se baseou em experiências bem sucedidas da secretaria de Educação do Amapá. “A violência é reflexo de uma série de fatores sociais, por isso precisamos fomentar ações que promovam a cultura de paz e a prevenção da violência, com a valorização do diálogo. Isso já foi executado no Amapá com sucesso, reduzindo índices de violência”, declarou.
O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) afirmou que é fundamental que o poder público promova iniciativas para que o ambiente escolar seja acolhedor, cooperativo e promova a empatia. “Não há nada mais urgente para educação hoje em dia do que pensar em medidas que combatam a violência nas escolas”, disse.
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que o sucesso dos estudantes na educação depende do ambiente escolar. “A violência nas escolas é, na pratica, a violência contra a educação. Se a escola deixa de ser um ambiente seguro, em vez de se encher de sonhos, as crianças vão se encher de medo.”
Já o deputado Renan Ferreirinha (PSD-RJ) destacou que a promoção do diálogo é fundamental para enfrentar a violência. “Às vezes, um ato de violência pode ser prevenido ao se contar até dez, uma medida simples.”
O deputado Bibo Nunes (PL-RS) defendeu a promoção de cultura da paz, mas cobrou engajamento das lideranças de esquerda. “Há políticos que não aceitam reitores de direita. Muito fácil dizer ‘queremos paz e tranquilidade’ e depois ir lá tumultuar as universidades”, disse.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Eduardo Piovesan e Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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