POLITÍCA NACIONAL
Câmara entrega medalha Mietta Santiago para mulheres que se destacam na defesa dos direitos femininos
POLITÍCA NACIONAL

A Câmara dos Deputados entregou, nesta quarta-feira (30), a Medalha Mietta Santiago para mulheres que se destacaram na defesa dos direitos femininos no Brasil. Instituída em 2017, a condecoração é concedida anualmente pela Secretaria da Mulher e pela Presidência da Câmara.
Em discurso lido no Plenário, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) ressaltou que a escritora, poeta, advogada e sufragista mineira Mietta Santiago foi a primeira brasileira a exercer plenamente seus direitos políticos – votar e ser votada. E frisou que as agraciadas pelo prêmio são exemplos de luta e determinação e espelham os ideais desbravadores de Mietta Santiago.
Maria Ernestina Carneiro Santiago Manso Pereira, conhecida como Mietta Santiago, questionou, por meio de um mandado de segurança em 1928, a proibição do voto feminino no Brasil, afirmando que isso violava a Constituição então vigente, que não vetava esse voto. Conseguiu assim o direito de votar e o de concorrer ao cargo de deputada federal.
Eleições 2022
A procuradora da Mulher na Câmara, deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), destacou que, apesar de não ter conseguido se eleger, Mietta Santiago deixa uma reflexão que precisa ser feita após 90 anos da conquista do voto feminino: “Nós temos um grande desafio por esse Brasil afora que é ser votada. Nós precisamos fazer sempre uma reflexão sobre isso, principalmente em 2022, em que nós vamos ter eleições de presidente, governadores, governadoras, deputados federais ou deputadas, deputados estaduais ou deputadas”, disse Tereza Nelma. “Nós precisamos pensar muito. Votar, nós votamos. Mas será que nós votamos em nós, mulheres?”, questionou a deputada lembrando que as mulheres são a maioria do Brasil. “Precisamos pensar sobre isso. Mietta Santiago nos deixa este legado.”
Coordenadora da bancada feminina na Câmara, a deputada Celina Leão (PP-DF) ressaltou que a medalha foi concedida para mulheres que ajudam nas conquistas das parlamentares.
“Nada mais justo do que homenagear as pessoas que estão do nosso lado seja aqui, seja no Judiciário, seja nas organizações civis, em toda a sociedade, lutando para ampliar esses direitos”, afirmou.

Agraciadas
As premiadas foram escolhidas pelas 79 integrantes da bancada feminina em 2019, mas, devido à pandemia de Covid-19, a entrega da medalha foi adiada. Conheça as agraciadas:
- Rosa Weber – ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2011. Foi a primeira mulher a presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre 2018 e 2020, trazendo à corte um olhar afirmativo sobre a participação da mulher na política. Como relatora, votou a favor da aplicação de, no mínimo, 30% dos recursos dos fundos partidário e eleitoral e do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão em candidaturas de mulheres.
A decisão do TSE, em 2018, é considerada fundamental para aumentar a presença de mulheres nas casas legislativas no Brasil. - Luciana Lóssio – jurista brasileira, ex-ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde desempenhou papel de liderança para encaminhar soluções para o problema da sub-representação da mulher na política.
A atuação dela também foi fundamental para a decisão do TSE relativa à reserva de recursos para financiar as candidaturas de mulheres nas eleições. - Mara Gabrilli – ex-vereadora, ex-deputada federal e atual senadora por São Paulo, foi terceira secretária da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional.
Depois de sofrer um acidente de automóvel em 1994, que a deixou impossibilitada de movimentar-se do pescoço aos pés, fundou, em 1997, o Instituto Mara Gabrilli, entidade que fomenta projetos esportivos e culturais, além de pesquisas científicas, e que presta atendimento em comunidades carentes de São Paulo e outras capitais.
Em 2018, foi eleita para integrar o Comitê dos Direitos das Pessoas com Deficiência, na Organização das Nações Unidas (ONU). É a primeira pessoa de nacionalidade brasileira a integrar o comitê. - Telma Maria Florêncio – professora e pesquisadora vinculada à Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que tem se destacado no trabalho de combate à desnutrição, sobretudo de crianças carentes. Idealizadora do Centro de Recuperação e Educação Nutricional e fundadora da Associação de Combate à Desnutrição, atua em comunidades de elevada vulnerabilidade social para melhorar a saúde de crianças carentes, visando à erradicação da desnutrição em Alagoas.
- Lúcia Maria Teixeira – diretora-presidente da Universidade Santa Cecilia (Unisanta), professora, pesquisadora da área de Educação e escritora, com diversas obras publicadas. Atua desde 1972 na Universidade Santa Cecília e suas pesquisas na área da Educação tornaram-se referência para a elaboração de políticas públicas, inclusive o Plano Nacional de Educação.
A entrega da medalha Mietta Santiago encerra as comemorações do Mês da Mulher na Câmara, que neste ano teve como foco os 90 anos da instituição do voto feminino no Brasil.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Roberto Seabra


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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