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POLITÍCA NACIONAL

Câmara homenageia trabalhadores que limparam e consertaram estragos do 8 de janeiro

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POLITÍCA NACIONAL

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Homenagem aos Trabalhadores de Serviços Gerais e de Manutenção.
Terceirizados durante a sessão solene no Plenário da Câmara

A Câmara dos Deputados realizou sessão solene nesta segunda-feira (6) para homenagear os trabalhadores de serviços gerais que limparam e recuperaram as dependências da Casa após os atos de vandalismo de 8 de janeiro. Muito emocionados, todos falaram da necessidade de colocar tudo no lugar rapidamente para passar a mensagem de que as coisas tinham voltado ao normal.

Esse foi o tom da fala da trabalhadora terceirizada da Câmara, Rosa de Araújo. “Tinha que botar em ordem aquilo. Para mostrar para eles que fizeram a baderna toda que tinha pessoas com poder de deixar tudo arrumado, tudo organizado. Hoje está tudo arrumadinho, com muito sofrimento. E eu acho que fez mal foi para eles mesmos. Não foi para nós nem para os deputados, nem para ninguém da Casa”, disse Rosa.

A diretora da área que cuida da preservação da memória da Câmara, Gilcy Azevedo, teve um sentimento semelhante. “Quando a gente limpa, quando a gente restaura, quando a gente recoloca esse objeto no seu lugar, a gente está dizendo para o nosso país que a normalidade voltou.”

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A presidente do Sindiserviços, o sindicato das trabalhadoras e trabalhadores terceirizados do Distrito Federal, Maria Isabel dos Reis, aproveitou para pedir mais respeito à categoria.

“Em muitos locais, esses trabalhadores são tratados como se não fossem trabalhadores que participam como qualquer outro com nossos impostos e obrigações. E aqui, mais uma vez, ainda bem que é uma Casa de leis, que os trabalhadores terceirizados mostraram que nós também temos responsabilidade com o nosso país”, afirmou Maria Isabel.

A deputada Dandara (PT-MG) disse que é preciso modificar algumas regras aprovadas nos últimos anos que, segundo ela, reduziram os direitos dos trabalhadores.

“A Casa não parou, o Congresso não parou, e foi graças ao trabalho de vocês. E dizer que nós cada vez mais avançaremos em uma agenda de direitos porque sabemos muito bem o que a terceirização tem feito com a mão de obra dos trabalhadores. Queremos avançar no reconhecimento, na valorização e também no trabalho”, disse a deputada.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Homenagem aos Trabalhadores de Serviços Gerais e de Manutenção. Dep. Erika Kokay (PT - DF)
Deputada Erika Kokay, durante a sessão de homenagem

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Democracia
A deputada Erika Kokay (PT-DF), que pediu a homenagem, ressaltou que o trabalho dos terceirizados permitiu que fosse realizada sessão no Plenário logo no dia 9 de janeiro. “Esses profissionais trabalharam com afinco tão grande que, quando eu entrei nesta Casa no dia 9, uma trabalhadora da limpeza me disse: Nós conseguimos limpar o que fizeram – ou o que tentaram fazer, eu diria – com a própria democracia.”

A Câmara estimou os gastos com a reparação dos estragos de 8 de janeiro em cerca de R$ 3 milhões. O diretor do Departamento Técnico da Câmara, Ismael Guimarães, disse que 700 terceirizados foram convocados para recolher vidros e equipamentos quebrados, consertar bancadas, remover carpetes e reparar forros de teto, entre outros serviços.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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