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Câmara lança livro sobre o papel da imprensa na Independência do Brasil

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Billy Boss/Câmara dos Deputados
Lançamento do Livro "A Imprensa no Processo da Independência". Dep. Enrico Misasi PV-SP ; José Theodoro Mascarenhas Menk - Autor do Livro ; Ana Helena Chagas - Jornalista
Evento de lançamento do livro, na Câmara dos Deputados

A imprensa brasileira teve e tem um papel fundamental no conjunto das instituições democráticas do País. Essa é a conclusão de especialistas e deputados em evento na Câmara dos Deputados de lançamento do livro “A Imprensa no Processo de Independência do Brasil: Hipólito José da Costa, o Correio Braziliense e as Cortes de Lisboa de 1821”. O livro faz parte das comemorações do bicentenário da Independência (1822-2022).

A jornalista Helena Chagas, que foi ministra da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma Rousseff, disse que imagina como um historiador do futuro tratará da atuação da imprensa no atual momento: 

“O que ele dirá da imprensa que, de certa forma, contribuiu e muito, durante um certo período, para que a atividade política fosse quase que criminalizada? Para formar na opinião pública uma reação tão negativa aos políticos e à forma de fazer política? Eu acho que nós, como imprensa, temos responsabilidade sobre isso”, disse. E completou: “Ao mesmo tempo, um pouco depois, nós vemos aí a imprensa reagindo de maneira firme a qualquer ameaça às instituições democráticas do País”. 

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Momentos críticos
O deputado Gustavo Fruet (PDT-PR) ressaltou que, mesmo com ambiguidades, a imprensa é vital para o processo democrático: “O que se vive no Brasil hoje não é divergência de opinião, é guerra de facção. Deveria ter outra denominação. E a imprensa, nos momentos críticos, tem a grandeza – acho que esse é o saldo positivo apesar das ambiguidades – de estabelecer e dar clareza e luz a esse processo”.

Como explicou o autor, o consultor legislativo José Theodoro Menck, o livro lançado relata a trajetória de Hipólito José da Costa, fundador do Correio Braziliense, que lutou pela emancipação política do País: 

“Ele, ao mesmo tempo que é apoiado pelo rei – Dom João comprou várias assinaturas e viabilizou o jornal –, ele era perseguido pelos ministros, que eram criticados. Era uma coisa meio esquizofrênica, mas é uma forma curiosa que aconteceu no início do Brasil, no início da nossa imprensa”, observou.

Este é o sexto livro da série relacionada à Independência, que pode ser baixada gratuitamente na página livraria.camara.leg.br. O deputado Enrico Misasi (PV-SP), coordenador da comissão especial do Bicentenário, anunciou que, em março, o acervo de exposições sobre a data realizadas na Câmara desde 2017 ficará disponível para outras instituições que queiram divulgá-lo pelo país. E, em junho, será feito um grande seminário sobre o tema.

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Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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