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Canal Xingó pode resolver abastecimento de água de municípios da Bahia e de Sergipe, dizem especialistas

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Em audiência pública na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara nesta terça-feira (2), especialistas destacaram o potencial do Canal Xingó para levar água do Rio São Francisco para duas cidades do sertão baiano e todos os municípios de Sergipe.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira Pinto, garantiu que o projeto da primeira fase de construção do Canal Xingó está pronto para ser iniciado.

De acordo com Marcelo Pinto, a obra total, com 305 km de extensão, deverá custar em torno de R$ 3,5 bilhões. O custo da primeira etapa, a parte do túnel que sai de Paulo Afonso, na Bahia, e tem 2,5 km de comprimento, está estimado em cerca de R$ 150 a R$ 200 milhões.

O autor do pedido para a realização do debate, deputado João Daniel (PT-SE), sugeriu que a bancada sergipana se organize para destinar emendas à construção do canal. Dessa forma, seria possível iniciar a primeira etapa. Mas o parlamentar ressaltou que essa destinação depende de uma decisão política do governo federal pela execução da obra até o final.

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“Havendo a decisão política, com R$ 2 milhões de cada deputado federal, já é um início para a licitação. Claro que ninguém vai iniciar uma obra de R$ 3 bilhões com R$ 30 milhões, sem uma decisão política, mas nós temos certeza absoluta de que, para o Canal Xingó, os parlamentares ajudariam.”

Os planos para a construção do Canal Xingó começaram em 1998. E, segundo Marcelo Pinto, o governo federal já investiu R$ 36 milhões no projeto. A obra conta com licença ambiental desde 2009, e a outorga preventiva dos 31 m³ de água por segundo para alimentar o canal já foi concedida pela Agência Nacional de Águas.

O presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe, Luciano Goes, destacou que o Canal Xingó vai resolver os problemas de abastecimento de Sergipe pelos próximos 50 anos.

“Nós temos vários problemas na região metropolitana, como também com sistemas isolados. Hoje 20 municípios utilizam sistemas isolados, de mananciais ou poços artesianos, e com o volume crescendo, nós temos várias deficiências. O Canal Xingó garantirá a toda a segurança hídrica ao estado de Sergipe, de imediato, e por mais 50 anos.”

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O superintendente do Instituto Nacional de Reforma Agrária de Sergipe, André Milanez, ressaltou o impacto social do Canal Xingó, uma vez que, no sertão sergipano predomina a agricultura familiar, devido à grande concentração de assentamentos da reforma agrária.

O superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Roberto Araújo Silva, acrescentou que apenas nas áreas por onde vai passar o canal existem 39 desses assentamentos.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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