POLITÍCA NACIONAL
Comissão aprova projeto que permite ação da polícia sem ordem judicial em retomada de imóvel
POLITÍCA NACIONAL

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou projeto que permite a ação policial, sem necessidade de ordem judicial, na retirada de invasores de propriedade privada. Para tanto, o dono deverá apresentar escritura pública que comprove a propriedade do imóvel.
A medida afetaria, sobretudo, os casos de invasões de terras motivadas por disputas agrárias. Hoje, a legislação já permite que o proprietário expulse o invasor por conta própria, desde que não haja excesso de violência.
Substitutivo
O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo deputado Aluisio Mendes (PSC-MA) ao Projeto de Lei 8262/17, do ex-deputado André Amaral (PB).
O parecer de Mendes incorporou elementos de outras sete propostas (PLs 10010/18, 554/19, 942/19, 5040/19, 6193/19, 3589/21 e 1226/22) que tratam do assunto e tramitam junto com a proposição de Amaral. Na mesma votação, foi rejeitado o Projeto de Lei 10140/18, que também tramita apensado.
O substitutivo altera o Código Civil, o Código de Processo Civil e o Código Penal.
Registro atualizado
Além da escritura, o substitutivo exige a certidão do registro do imóvel atualizada para requerer o auxílio de força policial para a retirada dos invasores. A certidão deverá apresentar validade de 90 dias.
“É perfeitamente justificável, haja vista que entre uma escritura antiga e o requerimento à autoridade policial, a propriedade pode ter sido alienada”, observou Aluisio Mendes.
Ainda pelo texto, o direito a manter-se ou restituir-se por sua própria força ou de requerer força policial será exercido em até um ano e um dia, a contar da ciência da ameaça ou da invasão pelo possuidor ou proprietário.
Notificada pelo proprietário do imóvel, a polícia deverá tomar, em 48 horas, todas as medidas necessárias à manutenção ou à restituição da propriedade. A autoridade policial que descumprir o prazo incorrerá em crime de prevaricação, que consiste em retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício para satisfazer interesse pessoal.
O texto traz ainda regras para a execução de decisões judiciais em ações possessórias, permitindo o uso de força policial militar ou federal nas situações de desforço imediato.
Segundo Aluisio Mendes, o substitutivo busca fortalecer a segurança jurídica dos proprietários de imóveis invadidos. Ele argumenta que hoje o Código de Processo Civil cria um mecanismo legal de procrastinação de uma decisão judicial que seria correta em face das invasões, além de igualar “o delinquente invasor ao legítimo proprietário”.
Penas
O texto também aumenta a pena para o delito tipificado no Código Penal como “alteração de limites”, que consiste em suprimir ou deslocar marcos divisórios para apropriar-se de imóvel alheio. Pelo substitutivo a pena, que hoje é detenção de um a seis meses e multa, passa a ser reclusão de um a quatro anos e multa.
Se o invasor usar de violência, incorrerá no dobro da pena. Já, se o esbulho possessório ( invasão de terreno mediante uso de violência ou grave ameaça) ocorrer em propriedade rural produtiva, a pena será aumentada em 1/3. E, se ocorrer com a participação de mais de duas pessoas, aumentará em 2/3, entre outros casos de endurecimento da punição.
Tramitação
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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