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Comissão de Direitos Humanos debate marco legal dos povos de matriz africana

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Tatiana Azeviche/Governo da Bahia
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A audiência vai discutir também o reconhecimento dos territórios das religiões africanas

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados realiza audiência pública na quarta-feira (18) sobre o “Marco Legal dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana”.

O evento será às 15h30, no plenário 9, e poderá será acompanhado de forma virtual e interativa pelo e-Democracia.

A deputada Erika Kokay (PT-DF), que pediu a audiência, disse que o debate acontece em um momento em que há inúmeras violências aos direitos dos “Povos Tradicionais de Matriz Africana e aos Terreiros, fruto do racismo estrutural que se desdobra em intolerância religiosa, com violações de terreiros, humilhações e agressões físicas de seus membros”.

Erika Kokay afirmou ainda que a audiência pretende debater um marco Legal para essa população, o reconhecimento das unidades territoriais que materializam a cultura dos povos tradicionais de matriz africana, e a organização das políticas públicas nas áreas de saúde, segurança alimentar, emprego e renda para essa população.

“Somente as políticas públicas poderão fortalecer os Terreiros como espaços de muito acolhimento que, ao mesmo tempo em que busca combater a fome de pão, de saúde, busca uma cultura de paz e de respeito. É um espaço de generosidade, um espaço de solução”, observou a deputada.

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Debatedores
Entre os convidados estão Mãe Bernadete (representante do Psol), Baba Phil (representante do PDT), Mãe Adriana (representante do PT), Mãe Lucia (representante do PSB) e Chandler (representante do PCdoB).

Acompanhe a relação dos convidados e as confirmações para o evento.

Da Redação – RS

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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