POLITÍCA NACIONAL
Comissão discute caso de passageira da Gol que foi expulsa do voo por não despachar mochila
POLITÍCA NACIONAL
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados discute na próxima terça-feira (30) o incidente envolvendo a Gol e a passageira Samantha Vitena Barbosa no aeroporto de Salvador (BA). Samantha, que ia para São Paulo, recusou-se a despachar a mochila com um notebook. Mesmo depois de ter acomodado a bagagem com a ajuda de outros passageiros, o comandante acionou a Polícia Federal para retirar Samantha do avião.
Em nota, a Gol informou que havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e que muitos clientes colaboraram ao despachar os volumes gratuitamente. No entanto, “uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”.
Na ocasião, o Ministério das Mulheres condenou o caso pelo Twitter: “O episódio contra Samantha Vitena em um voo de Salvador na madrugada deste sábado demonstra o racismo e a misoginia que atingem de forma estrutural as mulheres negras em nosso País”.
“Os relatos publicados na imprensa demonstram que o problema teve como origem o despacho de bagagem de mão”, resume o deputado Ricardo Silva (PSD-SP). Assim, é preciso “discutir a política de bagagem e as competências legais das companhias aéreas em retirar passageiros de suas aeronaves”.
Fim da cobrança
Desde 2017, as companhias aéreas são autorizadas a cobrar pelas malas despachadas. Na época, as empresas alegavam que a cobrança permitiria baratear as passagens.
No ano passado, os parlamentares aprovaram uma emenda à MP 1089/21 proibindo as companhias aéreas de cobrar qualquer tipo de taxa por uma bagagem de até 23 kg em voos nacionais e até 30 kg em voos internacionais. O Executivo, vetou esse dispositivo. Silva lembra que o veto está pendente de apreciação do Congresso (Veto 30/22).
O deputado afirma que, com a cobrança extra para despachar malas, “os passageiros passaram a adotar massivamente o uso da bagagem de mão, o que tem sobrecarregado a cabine das aeronaves e gerado conflitos recorrentes e desconforto aos passageiros”. Foi o que aconteceu no caso envolvendo Samantha Barbosa na aeronave da Gol.
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto, entre outros:
– o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França;
– o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Wagner;
– a presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro;
– o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Pereira; e
– a professora Samantha Vitena Barbosa.
A audiência será realizada no plenário 11, a partir das 10h30.
Da Redação – ND
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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