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Comissão discute combate ao uso de informações privilegiadas no mercado financeiro

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A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados reúne-se nesta terça-feira (11) para discutir a atuação dos agentes responsáveis pelo combate à prática ilegal de insider trading (uso de informações privilegiadas) no mercado financeiro.

O debate é uma iniciativa do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Ele ressalta que o insider trading consiste na negociação de ações ou outros valores mobiliários com base em informações privilegiadas e confidenciais que não estão disponíveis ao público em geral. Essas informações, acrescenta o parlamentar, são geralmente conhecidas apenas por indivíduos que têm acesso direto a elas devido ao cargo em que ocupam na empresa de capital aberto.

“Tal prática dá uma vantagem injusta a essas pessoas, permitindo que lucrem com base em informações que não estão disponíveis para outros investidores”, diz o deputado.

Aureo Ribeiro destaca ainda que houve denúncias recentes do crime de insider trading supostamente cometido executivos da Petrobras e das Americanas. “No caso da empresa varejista, foram registradas movimentações atípicas e em horário incomum na véspera da queda de 80% dos valores das ações”, aponta.

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O parlamentar lembra que a investigação e a punição dessa prática envolvem a colaboração entre vários atores, incluindo agências governamentais, organizações regulatórias, instituições financeiras e empresas. “Nesse sentido, percebe-se a relevância de se discutir a legislação em vigor, bem como de se identificar possíveis melhorias nos processos e regulamentos existentes.”

Foram convidados para a audiência pública representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Ministério da Economia; da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Bolsa de Valores e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A reunião será realizada no plenário 5, às 16 horas.

Da Redação – MO

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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