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Comissão externa sobre tragédia de Petrópolis inicia trabalhos com foco em reconstrução e prevenção

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Reconstrução da estrutura urbana, fiscalização do uso de recursos públicos e prevenção de novas tragédias são os principais objetivos da Comissão Externa da Câmara dos Deputados sobre a Calamidade Pública de Petrópolis. O plano de trabalho foi apresentado nesta quarta-feira (16), no mesmo dia em que a “Cidade Imperial” completou 179 anos de fundação.

O colegiado pretende acompanhar as ações federais de socorro a Petrópolis após a enchente de 15 de fevereiro, que deixou 233 mortos, mais de 600 desabrigados e um rastro de destruição em uma das principais cidades serranas do estado do Rio de Janeiro.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Apresentação do Plano de Trabalho. Dep. Gurgel União-RJ
Gurgel: populações atingidas reclamam que são esquecidas após desmobilização

O coordenador da comissão, deputado Gurgel (União-RJ), anunciou uma visita institucional do grupo a Petrópolis. “Os parlamentares já foram individualmente, e agora vamos representando a Câmara. É importante irmos agora porque o que mais a gente ouviu das pessoas afetadas em outras cidades com tragédia semelhante é que, em pouco tempo, tudo se desmobiliza e fica só o sofrimento e a dor dos moradores”, disse. “Estarmos presentes é de fundamental importância para que gente a possa produzir políticas públicas lá.”

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A partir da visita, Gurgel pretende fazer da comissão um elo na articulação conjunta para a reconstrução da cidade. “Vamos nos colocar à inteira disposição dos governos do estado e municipal. Também fiscalizaremos tudo que estamos destinando em recursos e aparelhos públicos para aquela cidade. Buscaremos essa interação junto aos ministérios”, declarou.

O deputado sugeriu ainda a criação de uma “força nacional” para evitar a ocorrência de novas tragédias desse tipo.

Regulamentação
Da comissão externa também faz parte o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), que foi o relator da proposta que deu origem à Política Nacional de Proteção e Defesa Civil logo após a maior tragédia climática do Brasil, que deixou cerca de 900 mortos na região serrana do Rio de Janeiro em 2011.

Glauber já reclamou publicamente do atraso na regulamentação dessa lei por parte dos governos federal e estaduais, o que, segundo ele, impede ações efetivas de prevenção e monitoramento de desastres no país inteiro.

Assim que ocorreu a nova tragédia de Petrópolis, em fevereiro deste ano, vários parlamentares anunciaram medidas imediatas, como a destinação de recursos emergenciais por meio de emendas ao Orçamento da União.

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A Câmara também analisa propostas de criação de um fundo permanente com recursos para o enfrentamento de catástrofes climáticas.

Desaparecidos
Cerca de um mês após a tragédia, quatro pessoas permanecem desaparecidas. Segundo a Prefeitura de Petrópolis, a maioria dos cerca de 600 desabrigados ainda são mantidos em abrigos provisórios, como igrejas e escolas da cidade.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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