POLITÍCA NACIONAL
Conselho de Ética arquiva processos contra os deputados Abílio Brunini e Zucco
POLITÍCA NACIONAL
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou nesta terça-feira (24) dois pareceres preliminares sobre acusações de quebra de decoro contra os deputados Abilio Brunini (PL-MT) e Zucco (Republicanos-RS).
Transfobia
- Foi aprovado, com 11 votos favoráveis e 2 contrários, o parecer do deputado Mário Heringer (PDT-MG) pelo arquivamento da Representação 18/23 protocolada pelo Psol contra o deputado Abilio Brunini.
O partido acusa o deputado de transfobia e violência de gênero contra a deputada Erika Hilton (Psol-SP) durante reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, em 11 de julho. Ele foi acusado por colegas deputados de dizer que Erika Hilton estaria “ofertando seus serviços”.
Em sua defesa, Abilio Brunini negou os fatos, se disse surpreso quando foi acusado e garantiu que não se dirigiu à deputada de forma ofensiva em qualquer momento da comissão. “Não teve essa afirmação, eu não virei para a Erika e não acusei ela de nada, não fiz essa fala. Não faria o menor sentido me atribuir essa acusação. Essa pecha é muito mais ideológica de alguém que me acusou do que os fatos que ocorreram”, disse.
Mário Heringer afirmou que as únicas provas que existem são testemunhais, e não há provas de vídeo. Para ele, a dúvida deve ser pró-réu. “A representação se limita a citar uma fala proferida por um terceiro parlamentar, sem fornecer informações concretas sobre o que foi dito, em que contexto e como essa fala poderia ser interpretada como violência de gênero ou transfobia”. Para ele, isso prejudicou a defesa do acusado e a avaliação objetiva dos fatos.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) defendeu a continuidade das investigações e disse que há várias testemunhas da fala. Mário Heringer disse que o processo não fornece elementos para a continuidade e que não cabe a ele proceder à investigação.
CPI do MST
- Foi aprovado, com votos 11 favoráveis e 1 contrário, o parecer do deputado João Leão (PP-BA) pelo arquivamento Representação 21/23, protocolada pelo Psol contra o deputado Zucco.
O partido acusa Zucco, que era presidente da CPI do MST, de tentar silenciar a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). Segundo a representação, Zucco ameaçou interromper a reunião da CPI se Sâmia “não permitisse que os demais falassem”.
Em sua defesa, Zucco negou as acusações, afirmando que se ateve ao Regimento Interno. “Jamais cortei a fala de um parlamentar para cercear o direito à fala, e sim para manter a ordem dos trabalhos, que precisavam evoluir. Todos os presidentes de comissão nesta Casa usam essa prerrogativa ao terem os trabalhos tumultuados por seus colegiados”, afirmou.
João Leão concordou que a conduta de Zucco está amparada pelo Regimento Interno da Câmara. Para o relator, não houve, no caso, ofensa ao decoro parlamentar e não há justa causa para a continuidade do processo. Apenas o deputado Chico Alencar votou pela continuidade do processo.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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