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CPMI do 8 de janeiro aprova quebra de sigilos de Zambelli e reconvocação de Mauro Cid

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Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovaram 57 requerimentos, dentre eles uma nova convocação do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a quebra do sigilo telefônico e telemático da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Os parlamentares aprovaram também o pedido de um relatório de inteligência financeira sobre Zambelli desde o dia 1º de janeiro de 2019. O levantamento será feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

Tanto a quebra de sigilo da parlamentar quanto a reconvocação de Mauro Cid foram motivadas pelas informações prestadas pelo hacker Walter Delgatti Neto à CPMI em 17 de agosto.

Embora o presidente da CPMI, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), tenha afirmado que a pauta foi fruto de acordo, a oposição reclamou que havia desproporcionalidade a favor do governo. O senador Marcos Rogério (PL-RO) destacou que, dos requerimentos aprovados, 51 eram da relatora e da base governista contra 6 da oposição.

“É desproporcional, CPMI é instrumento de controle político da administração, é um instrumento da oposição, é um instrumento das minorias, nós somos minoria aqui, mas os requerimentos não são aprovados, não são sequer pautados.”

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O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), por sua vez, ressaltou que somente cinco requerimentos aprovados eram de parlamentares da base. Os demais foram apresentados pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Para o deputado, “é natural” que a relatora dirija a investigação.

Arthur Maia garantiu que trabalha para assegurar não apenas a inclusão de requerimentos da oposição na pauta quanto para que sejam aprovados. No entanto, lembrou que o número de integrantes da base do governo na comissão é de praticamente três para um da oposição.

“Ninguém mais do que eu aqui tem trabalhado para incluir requerimentos da oposição. Eu tenho feito, sim, um esforço imenso, porque eu entendo que, para a nossa CPI ter credibilidade, é preciso que haja aprovação de requerimentos da oposição e do governo, mas eu não posso me sobrepor à maioria.”

O presidente da CPMI do 8 de janeiro garantiu que vai se reunir com outras lideranças, do governo e da oposição, para tentar construir uma pauta definitiva a ser trabalhada até o dia 17 de outubro. Arthur Oliveira Maia destacou que, devido aos feriados de 7 de setembro e de 12 de outubro, restam apenas nove reuniões do colegiado. Para o deputado, essas sessões deveriam ser utilizadas para ouvir testemunhas.

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A intenção, segundo disse, é que o relatório seja apresentado no dia 17 de outubro.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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