POLITÍCA NACIONAL
CPMI do 8 de Janeiro recebe sugestões da sociedade para parecer final da relatora
POLITÍCA NACIONAL
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro recebeu nesta segunda-feira (16) um documento com sugestões da sociedade. O documento foi elaborado pelo Pacto pela Democracia, movimento que reúne 200 entidades da sociedade, e traz entre as recomendações a regulação das plataformas digitais e medidas de separação entre os militares e a política.
Ao receber o documento, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, afirmou que, além dos indiciamentos e responsabilizações, o relatório deve apresentar sugestões e encaminhamentos, inclusive de ajustes na legislação. Nesse sentido, as sugestões da sociedade vão ser levadas em conta no seu texto.
O parecer será lido nesta manhã.
Plataformas digitais
O documento elaborado pelo Pacto pela Democracia traz 12 recomendações para responsabilizar quem colaborou com os ataques à democracia e criar mecanismos para evitar a repetição de eventos semelhantes.
Entre as recomendações estão implementar modelo regulatório de conteúdo das plataformas digitais e responsabilizar as plataformas por conteúdos impulsionados. Nessa área de conteúdo nas plataformas, o grupo também recomenda a transparência no acesso de dados para investigações e a criação de mecanismos para denúncias e fiscalização.
“Essa regulação é extremamente necessária, não só para garantir a liberdade de expressão, mas para impedir a circulação de informações enganosas e discursos perigosos e de ódio que atentem contra a democracia”, alertou Ana Julia Bernardi, do Instituto Democracia em Xeque.
Essa regulação, segundo Carmela Zigoni, representante do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), é ainda mais necessária com a aproximação de um novo período eleitoral, em 2024. “Não será possível ter processos eleitorais limpos, transparentes e com acesso de todas as pessoas de uma forma livre e informada sem a regulação dessas big techs.”
Responsabilização de militares
O documento entregue à relatora também pede que todos os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro sejam responsabilizados. Boa parte das recomendações tem como alvo os militares. O texto pede, por exemplo:
- que militares da ativa não possam se candidatar a cargos eletivos; e
- que os militares percam o direito de ser votados e expressar opinião político-partidária durante o serviço ativo.
O documento recomenda ainda a criação de um grupo de trabalho para avaliar o Judiciário Militar e a reformulação do artigo 142 da Constituição. Esse dispositivo trata do papel das Forças Armadas e foi usado de maneira distorcida por movimentos que defendiam um golpe militar contra o governo eleito.
Na opinião de Rodrigo Lentz, da Coalizão Brasil Memória, há uma cultura de impunidade e ausência de responsabilização dentro das organizações militares. Sobretudo no alto escalão das forças. Na visão dele, esse ciclo precisa ser quebrado para que haja um recado claro: “não se tenta golpe de estado no Brasil sem ser responsabilizado”.
Educação
Por fim, o documento entregue à CPMI também traz algumas recomendações feitas pela sociedade voltadas à educação:
- criação de uma política pública de educação para a cidadania; e
- criação de um programa de educação midiática fomentado pelo governo e pelas plataformas.
Da Agência Senado
Edição – ND
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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