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Debatedores apontam que uso da inteligência artificial pode afetar resultado eleitoral

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Debatedores ouvidos na segunda-feira (11) pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados apontaram para a necessidade da aplicação imediata de punições quando for abusivo o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) no processo eleitoral. O entendimento é que a utilização desregulada desse recurso pode afetar o resultado eleitoral e sanções tardias serão inócuas.

O representante da Associação dos Profissionais do Marketing Político, Emerson Saraiva, disse que os perigos vão além da capacidade das novas tecnologias de produzir vídeos com imagens e sons falsos, o chamado deep fake. Segundo Saraiva, o maior risco está na capacidade de entendimento e de manipulação dos sentimentos dos eleitores.

“Nas próximas eleições, dependendo da tecnologia utilizada, das ferramentas, das forças que forem empreendidas, será possível em muitos casos entender, saber qual é o resultado da eleição bem antes da eleição, baseado nas ferramentas que a inteligência artificial oferece hoje”, afirmou.

Os participantes debateram também o anúncio do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, de que o abuso de tecnologias de inteligência artificial na eleição do ano que vem resultará em cassação e inelegibilidade.

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Fernando Bueno, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB do Paraná,  disse que esse tipo de punição acaba ocorrendo somente depois que o prejuízo eleitoral já foi causado. “A corte eleitoral, gostemos ou não, vai ter uma postura extremamente rígida sobre quem utilizar qualquer ferramenta de IA. Mas transparece que a cassação será após a eleição. Se pessoa já tomou posse do mandato, já causou o dano, talvez irreparável, a quem foi a vítima da ferramenta e à própria coletividade”, afirmou.

O deputado Prof. Paulo Fernando (Republicanos-DF) considerou insuficiente a pena de multa estipulada em projeto de lei que tramita na Câmara.  Ele dise estar preocupado que se estabeleça como sanção apenas uma multa, de R$ 5 mil a R$ 30 mil. “Muitas vezes, dentro desse ringue que é a disputa eleitoral, às vezes é melhor você ter uma atividade de inteligência e contrainteligência e é melhor pagar a multa, porque o resultado às vezes é compensatório”, avaliou.

Reportagem – Dourivan Lima
Edição – Rachel Librelon

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Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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