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Debatedores defendem medidas para ampliar segurança em ferrovias

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Representantes do governo e de transportadores defenderam nesta terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, um novo marco legal para faixas de domínio das ferrovias, prevendo até o cercamento, a fim de garantir a segurança das cargas.

Faixa de domínio é a porção de terreno ao longo da ferrovia, com pelo menos 15 metros de cada lado, a partir dos trilhos. Hoje, estão em vigor os limites definidos entre meados do século 19, no Império, e as primeiras décadas do século 20.

O debate, realizado pela Comissão de Viação e Transportes, foi proposto pelo deputado Nicoletti (União-RR). “As ferrovias federais representam hoje 17% do transporte de cargas, e precisamos cuidar da segurança”, afirmou o parlamentar.

Os roubos não são frequentes, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). As duas entidades pediram, no entanto, maior cooperação entre polícias e segurança privada.

Baixada Santista
“A audiência pública evidenciou como problemática essa questão da faixa de domínio, porque nos centros urbanos temos muitas invasões, inclusive com moradias instaladas nos trechos próximos às ferrovias”, comentou Nicoletti.

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“A Baixada Santista, em São Paulo, merece atenção especial”, alertou o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Souza. “Um trem com carga agrícola ou de alto valor corre risco de assalto ao parar no acesso ao porto de Santos”, afirmou.

Segundo o secretário de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes, Leonardo Ribeiro, técnicos já estudam novos limites para as faixas de domínio, considerando as comunidades locais e as atividades econômicas das ferrovias.

Também participaram do debate os deputados Bebeto (PP-RJ) e Alice Portugal (PCdoB-BA); o presidente da ANTF, Davi Barreto; o diretor de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), José Eduardo Guidi; o diretor de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rodney da Silva; o chefe da Divisão de Fiscalização e Transporte da Polícia Rodoviária Federal, Antoniel de Lima; e o presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Tácio da Silveira.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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