Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Deputadas defendem protagonismo das mulheres nas decisões políticas

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Para as participantes do encontro de Mulheres Parlamentares do P20, que acontece em Maceió (AL), a reunião é um marco na construção de uma rede global de mulheres que permita o protagonismo delas nas decisões políticas

Na abertura do encontro, a coordenadora da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), comemorou a realização inédita do evento. Ela destacou a existência da Secretaria da Mulher como uma experiência que serve de exemplo para outras nações que buscam avançar nas políticas de ampliação das mulheres na política.

“Não queremos ser mais. Tampouco permitiremos ser menos, ou menores. Essa reunião é fundamental para darmos início a um movimento global que nos fortalece e proteja nossos direitos garantidos. Como mulheres parlamentares temos a missão de desafiar os estereótipos”.

Foi o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL), quem propôs o encontro inédito de mulheres parlamentares ao assumir o comando do P20, em outubro de 2023. A fala do deputado abriu o encontro. “Desejamos que essa reunião seja a primeira de muitas outras desse tipo”, disse Lira.

O tema da reunião é “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”. E conta com a presença de mais 170 parlamentares do Brasil e de outras partes do mundo. “Levaremos à 10ª cúpula do P20, que vai acontecer em Brasília, em novembro, os resultados desse debate que, tenho certeza, será muito profícuo”, completou o presidente da Câmara.

Itawi Albuquerque / Câmara dos Deputados
1ª Reunião de Mulheres Parlamentares. Dep. Yandra Moura(UNIÃO - SE)
Yandra Moura: “Encontro permite delinear um futuro mais promissor para a representação das mulheres na política”

Leia Também:  Projeto impede a prescrição para pessoas com deficiência incapazes de exprimir sua vontade

Para a presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, deputada Ana Pimentel (PT-MG), o encontro inclui a agenda das mulheres no centro de debates do G20 e a necessidade de um outro projeto de desenvolvimento. Para a deputada, a atual divisão sexual do trabalho, em que as mulheres cuidam da casa e dos filhos, além do trabalho, sustenta o atual modelo de desenvolvimento, mas onera e sobrecarrega as mulheres.

“É possível a construção de um outro mundo. Que coloca centralmente a defesa do meio ambiente, o respeito ao corpo e à vida das mulheres e a corresponsabilidade dos cuidados”.

Empoderamento
A secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, preside o grupo de trabalho sobre empoderamento das mulheres que acontece pela primeira vez no P20. Segundo ela, o grupo possibilita que as questões econômicas sejam discutidas pelas mulheres em pé de igualdade com os homens.

Maria Helena Guarezi afirmou ainda que existe um consenso entre os países do G20 de que é urgente propor ações contra a misoginia nas redes sociais, problema que afeta as mulheres em todo o mundo e que impede a participação delas em espaços de decisão.

Para a secretária-geral de Relações Exteriores do Brasil, embaixadora Maria Laura da Rocha, o G20 é atualmente o fórum político e econômico com maior capacidade de influenciar positivamente a agenda internacional e um espaço importante para avançar na pauta do combate às desigualdades de gênero.

Leia Também:  Projeto regulamenta publicidade de apostas esportivas na internet

“Durante a presidência australiana do G20 em 2014, chegou-se ao acordo de se reduzir a disparidade entre homens e mulheres na força de trabalho em 25% até 2025. A partir do ano que vem, esperamos que o G20 possa adotar metas sobre igualdade salarial. Uma temática que já está em discussão, mas que ainda precisa ser negociada no grupo”.

Representação
Coordenadora do Observatório Nacional da Mulher na Política, a deputada Yandra Moura (União-SE) lembrou que o Brasil tem um dos menores índices de representação de mulheres nos parlamentos do mundo. Ocupa a posição 133 entre 173 países.

Desde 2021, o Observatório integra a Secretaria da Mulher da Câmara e promove pesquisas que procuram entender e superar a sub-representação das mulheres na política brasileira.

“Nesta reunião tão importante teremos uma oportunidade incrível de trocar experiências e construir parcerias que ajudarão a delinear um futuro mais promissor para a representação das mulheres na política”, disse Yandra Moura.

Também participaram da abertura do evento a procuradora da Mulher da Câmara, deputada Soraya Santos (PL-RJ), a coordenadora da bancada feminina no Senado, senadora Leila Barros (PDT-DF); o governador de Alagoas, Paulo Dantas; e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas.

Reportagem – Vera Morgado
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Lira: extremos serão isolados da política

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Câmara realiza sessão para análise de propostas; acompanhe

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA