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Deputado cobra preparação do País para receber refugiados ucranianos

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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Rubens BuenoCIDADANIA - PR
Rubens Bueno: Brasil tem de se posicionar contra a invasão russa

O 1º vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (Cidadania-PR), disse, em entrevista à Rádio Câmara, que tem participado de eventos junto à comunidade de ucranianos e descendentes no Brasil e que já há um comitê da sociedade civil para receber os imigrantes, com ramificações em vários estados.

A comunidade ucraniana no Brasil é estimada em até 600 mil pessoas, sendo a maioria moradores de cidades do Paraná. “Como receber, onde receber, de que forma transportar, onde serão hospedados, como é que vai ser?”, questionou Bueno.  “Tem a questão de oferecer não só o teto, mas também a condição de trabalho para que eles possam se integrar rapidamente na economia do País, como fizeram ao longo de todos esses anos. Os ucranianos têm um papel muito importante na economia brasileira”, acrescentou.

O deputado ressaltou que é preciso se preparar rapidamente para acolher a parcela da população ucraniana que escolher o Brasil como destino.

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Visto e autorização para residência
Uma portaria dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores regulamenta a concessão de visto temporário e de autorização de residência a ucranianos afetados pela invasão feita pela Rússia. A regulamentação também beneficia os apátridas, pessoas que não têm a nacionalidade reconhecida por nenhum país, e que também tenham sido deslocados por causa da guerra.

Ucranianos e apátridas podem pleitear o visto temporário, que tem validade de 180 dias.

Os ucranianos poderão solicitar também a residência temporária no Brasil, por um período de dois anos. A portaria, que está em vigor até 31 de agosto deste ano, também permite que os imigrantes ucranianos trabalhem no Brasil.

Rubens Bueno lembrou que a concessão de ajuda humanitária a quem está fugindo da guerra na Ucrânia é prevista pela Lei de Migração.

Condenação da guerra
O deputado elogiou a atuação do corpo diplomático no enfrentamento às consequências da guerra, mas cobrou do governo uma condenação formal do ataque promovido pelos russos na Ucrânia.

“O Brasil tem de mostrar firmeza em dizer: ‘Parem, chega, passou do limite’. Você está acompanhando aí civis, crianças sendo assassinadas brutalmente em uma guerra estúpida, de uma invasão a um país que não tem nada a ver”, afirmou Rubens Bueno. “Nós somos aqui pela autodeterminação dos povos e, como tal, temos de trabalhar e continuar toda essa luta em defesa da democracia”, destacou.

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Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Natalia Doederlein

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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