POLITÍCA NACIONAL
Deputado pede esforços nas buscas de jornalista inglês e indigenista desaparecidos no Amazonas
POLITÍCA NACIONAL

O deputado Ney Leprevost (União-PR) anunciou o envio de ofício ao Ministério da Justiça para pedir a concentração de esforços nas buscas do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde domingo (5/6) no Vale do Javari, no Amazonas. O jornalista do The Guardian e o servidor da Funai estavam recebendo ameaças de pessoas que atuam ilegalmente na região.
Também foi solicitada à Polícia Federal apuração de violação aos direitos constitucionais de dois jornalistas do site Congresso em Foco que estão sendo alvo de ameaças na internet. Eles escreveram sobre uma rede de notícias falsas que favoreciam o governo.
Leprevost presidiu sessão solene pelo Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, comemorado hoje, 7 de junho. Para ele, o Congresso precisa aprovar regras que responsabilizem quem produz e dissemina notícias falsas, pois os jornalistas profissionais já podem ser punidos quando atuam dessa forma. E citou o prejuízo causado pela desinformação durante a pandemia de Covid-19: “Muitas mentiras circularam na internet e muitas pessoas de bem, pessoas boas, pessoas íntegras acreditaram nessas mentiras”.
Na sessão, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Octávio Costa, disse que a entidade vai estar atenta às ameaças aos jornalistas neste ano eleitoral. Ele lembrou que o Brasil está em 110º lugar no ranking de Liberdade de Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras, lista que reúne 180 países.
“Nós não vamos calar, nós não vamos deixar de exercer a nossa missão de informar a sociedade. Como disse a ministra [STF] Carmén Lúcia, o cala-boca já morreu”, disse.
O diretor em exercício de Comunicação e Mídias Digitais da Câmara, Cláudio Araujo, citou levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas que lista 430 casos de ataques a esses profissionais em 2021 – um total que 50% superior ao de 2018.
A presidente da Associação Brasileira de Comunicação Pública, Cláudia Lemos, ressaltou que não há democracia sem jornalismo. Ela defendeu a aprovação do projeto que trata do conceito e das diretrizes da comunicação em órgãos públicos nas três esferas de governo (PL 1202/22).
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Wilson Silveira


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
-
MATO GROSSO6 dias atrás
H.Bento alia atendimento humanizado à excelência em ortopedia, cirurgia de coluna, bariátrica, geral e medicina intensiva
-
MATO GROSSO5 dias atrás
No Fórum de Lisboa, Dauto Passare defende cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável
-
MATO GROSSO4 dias atrás
ACS prega união de associações militares e cobra revisão do percentual remuneratório
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Fábio Jr. traz para Cuiabá turnê que celebra seus 50 anos de carreira
-
ARTIGOS6 dias atrás
Dia do Hospital: Importância dessas instituições para a saúde da sociedade
-
ARTIGOS6 dias atrás
A escola de hoje e os alunos de agora
-
ARTIGOS4 dias atrás
A fiscalização ambiental e o papel central do órgão licenciador