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Deputados analisam projeto da nova reforma do ensino médio; acompanhe

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POLITÍCA NACIONAL

Os deputados analisam neste momento, na sessão do Plenário, a proposta que redefine a Política Nacional do Ensino Médio (PL 5230/23). O relator do projeto, deputado Mendonça Filho (União-PE), disse que a virtude do texto é ter sido “fruto de uma ampla negociação” entre diferentes setores da sociedade, do governo e do Parlamento.

Mendonça Filho foi ministro da Educação quando o então Novo Ensino Médio (Lei 13.415/17) entrou em vigor na gestão Michel Temer, com a proposta de quatro itinerários formativos para a formação de estudantes do ensino médio.

O deputado defendeu a necessidade de carga horária diferenciada para estudantes de cursos técnicos. “O Brasil é um país que suprime dos jovens a oportunidade de acesso a cursos técnicos”, disse.

Segundo ele, em 2017, quando foi ministro, cerca de 8% da oferta do ensino médio era de cursos técnicos, enquanto na Europa a média é de 40% dos cursos. A renda de um estudante de curso técnico é cerca de 30% maior do que a de quem se forma em curso regular do ensino médio, de acordo com o deputado.

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A proposta apresentada hoje por Mendonça Filho prevê a manutenção das 3.000 horas de ensino ao longo do ensino médio, sendo:

  • 2.400 horas de formação geral básica para curso regular e outras 600 horas para os itinerários formativos;
  • 1.800 horas de formação geral básica para curso técnico e outras 1.200 específicas para curso técnico.

Mendonça Filho afirmou que todos os itinerários formativos seguirão diretrizes curriculares a partir de discussões do Ministério da Educação com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

Língua estrangeira
O inglês ficou incluído como única língua estrangeira obrigatória, e o espanhol como língua preferencial a ser incluída por definição de cada secretaria estadual.

Segundo Mendonça Filho, não é possível encaixar dentro das 3.000 horas de carga horária a obrigatoriedade de duas línguas estrangeiras. “Se um estado como o Rio Grande do Sul, que tem fronteira com Uruguai e Argentina, quiser colocar espanhol como língua obrigatória, o fará. Houve manifestações de comunidades alemãs e italianas de que essa obrigatoriedade conflitaria com ter outras línguas ofertadas”, disse.

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EAD
O deputado Mendonça Filho defendeu a necessidade da educação à distância, que ele nomeou como educação mediada por tecnologia, para garantir o estudo de áreas remotas, como comunidades ribeirinhas e indígenas. “Não dá para raciocinar o Brasil a partir dos grandes centros urbanos”, disse.

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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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