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POLITÍCA NACIONAL

Deputados criticam lucro recorde da Petrobras diante da alta dos combustíveis

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Fernando Frazão/Agência Brasil
Cidades - Geral - edifício da Petrobras, no Rio de Janeiro - Petrobras fachada
Petrobras teve lucro recorde de R$ 106 bilhões em 2021

Na fase de discursos do Plenário desta quinta-feira (24), diversos parlamentares usaram a tribuna para criticar o lucro recorde de R$ 106 bilhões anunciado pela Petrobras diante dos preços de combustíveis. O tema foi recorrente entre os discursos dos petistas.

O deputado Sidney Leite (PSD-AM) afirmou que a política de preços dolarizada da Petrobras tem contribuído para o aumento da inflação e a disparada dos preços no mercado interno. Segundo ele, os lucros da empresa não têm se revertido para a melhoria da vida da população, apenas dos acionistas.

“Todos esses investimentos não têm servido para atender a quem mais precisa. É necessário que este Parlamento reveja a política da Petrobras, criando alternativas”, disse. Para o deputado, apenas a mudança na tributação não será suficiente para conter o aumento dos preços.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffman (PT-PR), afirmou que o brasileiro não tem o que comemorar com o lucro recorde da petroleira. Ela também cobrou a revisão da política de preços da empresa. “Temos um dos petróleos com o menor custo de exploração do mundo. E estamos agora com esse preço escorchante dos combustíveis em cima do povo para distribuir R$ 106 bilhões para acionistas privados. Isso é uma extorsão”, disse.

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A parlamentar foi apoiada por diversos deputados do partido, que também cobraram a revisão da política de preços da empresa para que o combustível seja mais barato para o brasileiro, ainda que impacte no lucro da empresa. “Essa política de paridade ao preço de importação tem que ser interrompida. Temos que adotar uma política baseada nos custos efetivos da Petrobras e na preservação da sua capacidade de investimentos”, defendeu o deputado Merlong Solano (PT-PI).

O deputado Frei Anastácio Ribeiro (PT-PB) afirmou que o lucro da Petrobras é pago pelo bolso do brasileiro. “Enquanto essa empresa anuncia aumentos constantes nos preços dos combustíveis, o poder aquisitivo do povo vai diminuindo. A Petrobras continua esbanjando lucro, e o povo se atolando na pobreza”, criticou.

O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) também criticou os preços dos combustíveis, que não oscilaram mesmo com a queda do dólar. “Como explicar que a Petrobras aumenta a gasolina porque aumentou o dólar e não diminui a gasolina quando o dólar diminui a sua cotação? É algo que não é aceitável, não é razoável, pelo que nós temos que nos levantar com argumentos e convicção”, disse.

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Lucro para acionistas
O deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou que apresentou requerimento de informações para revelar quem são os 50 principais acionistas da Petrobras e quanto cada um vai receber. “Os senhores vão ver que são os banqueiros que vão encher o bolso de dinheiro”.

Para o deputado Zé Neto (PT-BA), diante do cenário de guerra entre Rússia e Ucrânia, a empresa deveria assumir um papel estratégico em defesa do mercado interno. “Nós não podemos pensar a Petrobras servindo primeiro ao lucro dos banqueiros em detrimento do serviço, da soberania e da valorização do nosso poder bioenergético nacional”, disse.

A política de preços foi criticada ainda pelos deputados Paulão (PT-AL) e Henrique Fontana (PT-RS).

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Ana Chalub

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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