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POLITÍCA NACIONAL

Deputados da oposição criticam adiamento de sessão do Congresso

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POLITÍCA NACIONAL

Deputados de oposição criticaram, durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a decisão do presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, de remarcar, para a quarta-feira da semana que vem (26), a sessão para análise de vetos e créditos adicionais ao Orçamento. A sessão estava marcada para esta terça-feira (18). 

De acordo com deputados, o adiamento da sessão seria para evitar a leitura do pedido de instalação de uma CPI mista sobre atos de 8 de janeiro em Brasília, quando prédios dos três Poderes foram invadidos e vandalizados. Esse pedido, apoiado por partidos de oposição, contaria hoje com as assinaturas necessárias – de, no mínimo, 171 deputados e 27 senadores.

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) disse que o senador Rodrigo Pacheco, ao adiar a sessão, prejudica o sistema democrático. “Quando o presidente da Casa não convoca sessão por conta de uma CPMI que ele parece não querer instalar, ele prejudica todo o sistema democrático brasileiro, porque nada é votado por conta de uma CPMI”, criticou.

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O deputado Alencar Santana (PT-SP), por outro lado, disse que a sessão desta terça foi cancelada para permitir a chegada de proposta do Poder Executivo que busca viabilizar o piso nacional da enfermagem e precisará ser analisada em sessão do Congresso. Ele também criticou os defensores da CPMI. 

“Os que querem a CPI hoje não querem apurar nada, porque a apuração já está ocorrendo. Querem tumultuar, querem atrapalhar duas coisas: as investigações, para que os seus aliados não sejam punidos, para que não se apure a responsabilidade de quem incentivou e de quem financiou. A segunda é para tumultuar a Câmara e o Senado e não permitir que os projetos – Minha Casa, Minha Vida, Mais Médicos, Bolsa Família e outros – sejam aprovados”, destacou.

Já a deputada Caroline de Toni (PL-SC) reafirmou que a oposição quer saber o que ocorreu em 8 de janeiro. “O que se fala nos corredores é que está havendo o oferecimento de emendas, cargos no segundo escalão [do governo], para as pessoas retirarem as suas assinaturas [do pedido de CPI]”, afirmou. 

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Reportagem – Paula Bittar
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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