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POLITÍCA NACIONAL

Deputados defendem derrubada de vetos a projetos de incentivo à cultura

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POLITÍCA NACIONAL

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. João Daniel PT-SE
João Daniel: “Precisamos concretizar uma política firme e séria para a cultura”

Durante a sessão do Plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (26), diversos parlamentares aproveitaram a fase de discursos para defender a derrubada dos vetos a duas propostas de incentivo à Cultura: a Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc 2. A sessão do Congresso para analisar os vetos deverá ser realizada na próxima quinta-feira (2).

As duas propostas reservam recursos para a manutenção de espaços culturais, prêmios e outras atividades de incentivo à Cultura, a exemplo da Lei Aldir Blanc. Em 2020, essa lei emergencial liberou R$ 3 bilhões para mitigar os efeitos da pandemia no setor.

O deputado João Daniel (PT-SE) afirmou que as propostas são fundamentais para o incentivo à Cultura. “Esta Casa, com a Lei Aldir Blanc, fez algo muito importante, mas nós precisamos concretizar uma política firme e séria para a cultura para o povo brasileiro. Portanto, nós esperamos derrubar o veto”, disse.

O deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) destacou as negociações em busca da derrubada dos dois vetos. “Nós vamos construir nesta Casa uma coesão em homenagem à cultura para derrubar o veto à Lei Paulo Gustavo e à Lei Aldir Blanc 2. A cultura brasileira merece”, disse.

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Convencimento
Para o deputado Renato Queiroz (PSD-RR), é preciso convencer os parlamentares contrários aos textos da importância das duas leis para a cultura. “Esses projetos são nada mais que uma obrigação do Brasil com a classe artística, que tanto fomenta o mercado, que tanto precisa, e que tanto desenvolve o nosso intelecto por meio da cultura”, afirmou.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) destacou que o Brasil precisa de mais cultura e mais educação. “O que pensar de um presidente da República que veta a Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc 2 e retira os recursos da cultura?”, questionou.

Na avaliação do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), é preciso que os deputados tenham compromisso com a valorização dos artistas e cessar qualquer perseguição ao setor. “A cultura brasileira não merece passar pelo que ela vem passando nesses últimos anos”, lamentou.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Alexandre Frota PSDB-SP
Frota: “A cultura brasileira não merece passar pelo que ela vem passando”

Nise da Silveira
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) lamentou o veto à proposta que inclui o nome da psiquiatra alagoana Nise da Silveira no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. “Nise da Silveira ficou conhecida mundialmente por modificar os tratamentos psiquiátricos nos hospitais no Brasil”, disse. Ela vai defender que esse veto também seja derrubado pelo Congresso.

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Esse veto também foi criticado pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP). “Nise da Silveira é a figura mais importante da psiquiatria brasileira. O reconhecimento desta mulher, uma alagoana médica psiquiatra, é mundial, é internacional”, disse.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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