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POLITÍCA NACIONAL

Deputados defendem medidas de curto prazo para reduzir preço do gás natural e viabilizar fertilizantes

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POLITÍCA NACIONAL

Deputados pediram ao governo que apresse o anúncio das medidas para reduzir o preço do gás natural e viabilizar a produção nacional de fertilizantes nitrogenados. O assunto foi discutido nesta terça-feira (21) em audiência conjunta das comissões de Comissão de Minas e Energia; e de Agricultura da Câmara dos Deputados.

A audiência foi solicitada pelos deputados Otto Alencar Filho (PSD-BA) e Coronel Fernanda (PL-MT), respectivamente, o autor e a relatora do projeto de lei que cria o Programa Emergencial para a Fabricação da Amônia e Ureia (PL 4338/23). O programa visa reduzir o preço do gás natural, que é matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados.

Atualmente, mais de 87% dos fertilizantes usados na agricultura são importados, ao custo de 25 bilhões de dólares anuais, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Isso coloca o País como o maior importador mundial do insumo.

Solução rápida
A deputada Coronel Fernanda afirmou que o Brasil precisa de soluções rápidas. Na avaliação dela, o País produz muito gás natural, mas não há retorno para a economia. “Precisamos resolver isso para ontem”, disse.

A deputada defendeu a aprovação do PL 4338/23 como a medida de curto prazo para o setor. O texto, segundo ela, “vai tirar as algemas do agronegócio”.

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O projeto autoriza a União a conceder subvenção econômica, limitada a R$ 1,7 bilhão anuais, ao gás natural comprado por fabricantes de fertilizantes. A ideia é que o preço ao produtor fique bem abaixo do atual (19 dólares por milhão de BTU), considerado economicamente inviável.

O deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA) afirmou que o programa para fabricação de amônia e ureia é uma “medida razoável”, que pode servir para reduzir o custo do gás em um primeiro momento, sendo substituído gradualmente pelas propostas de médio e longo prazo do governo. “Nesse momento, que a gente precisa é de uma solução que seja imediata”, disse.

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Um homem claro e de terno fala ao microfone
Maurício Abi-Chahin reconheceu que o preço do gás natural está alto

Demanda existente
O representante do Ministério de Minas e Energia Maurício de Oliveira Abi-Chahin afirmou que as medidas para viabilizar as unidades de fertilizantes, a partir da redução do preço do gás natural, estão sem fase de finalização, mas não deu prazo para quando serão anunciadas. Segundo ele, há demanda pelo combustível, mas depende de preços mais competitivos.

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“Temos conhecimento de que o preço nacional encontra-se muito acima do desejado e que as empresas se defrontam com preços acima de suas concorrentes em outros países, perdendo competitividade”, disse Abi-Chahin.

O assessor do Ministério da Agricultura, José Polidoro, afirmou que a produção nacional de fertilizantes só se viabiliza com o gás natural entre 6 a 9 dólares (por milhão de BTU). Ele afirmou ainda que o ministério é favorável ao projeto do deputado Otto Alencar Filho, mas a questão da subvenção depende de negociação com o Ministério da Fazenda.

Usinas da Petrobras
Durante a audiência, o gerente-executivo de processamento de gás natural da Petrobras, Wagner Felicio, afirmou que a estatal está buscando formas de reativar as quatro usinas existentes no País para produção de fertilizantes.

As unidades estão instaladas na Bahia, Sergipe, Paraná e Mato Grosso do Sul. As três primeiras usam o gás natural como matéria-prima. A última utiliza resíduo asfáltico para produzir fertilizante. Juntas, elas podem produzir até 35% da demanda nacional, segundo Felicio.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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