Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Deputados pedem verbas para atender pessoas com autismo

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Durante sessão em homenagem ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, os participantes ressaltaram a necessidade de orçamento para financiar políticas públicas voltadas a pessoas com transtorno do espectro autista. Conforme ressaltou o presidente da Câmara, Arthur Lira, o Brasil já conta com um conjunto de leis voltado a atender às necessidades dos autistas.

Como exemplo, Lira citou a lei que garante ao indivíduo com autismo atenção integral, prioridade e pronto atendimento no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas da saúde, educação e assistência social.

Um dos deputados que sugeriu a sessão solene, Marangoni (União-SP), também ressaltou que o Brasil conta com uma legislação bastante abrangente sobre direitos das pessoas com autismo. O que falta, segundo diz, é garantir a aplicação dessas leis, “sair do discurso para o recurso”.

“Nós estamos pedindo – mais do que pedindo, cobrando – que o governo federal crie uma ação orçamentária dentro do Ministério de Desenvolvimento Social, do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde, específica para que a gente possa, com a ajuda de cada um de vocês, desenvolver ações concretas para acolher e tratar, dar dignidade, qualidade de vida para aquelas pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista e suas famílias”, disse.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) concordou com a necessidade de garantir orçamento para políticas voltadas aos autistas e suas famílias. Segundo ela, somente assim será possível garantir serviços como diagnóstico precoce e educação inclusiva.

Leia Também:  Projeto cria programa de prevenção e combate ao câncer infantil com recursos de loterias

Erika Kokay ainda defendeu a redução da jornada para familiares responsáveis por pessoas autistas na iniciativa privada, mas com incentivos para evitar demissões. A deputada lembrou que esse direito já é garantido a servidores públicos federais. Outra sugestão da parlamentar é incluir os cuidados com autistas entre os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Também responsável pela realização da sessão solene, a deputada Silvye Alves (União-GO) ressaltou que não existe possibilidade de atendimento sem recursos e apoiou a sugestão de que os cuidados com pessoas do espectro autista fiquem a cargo do SUS.

“A Erika Kokay falou algo hoje genial, que é o SUS dar esse tipo de atendimento. Eu acho que a gente não tem noção ainda da quantidade de verba que terá de ser destinada para esse fim, mas que se tire de onde possa tirar. Não é possível que a gente não consiga fomentar uma política pública para cuidar dessas crianças, desses adolescentes”, cobrou a deputada.

Políticas para adultos
Os participantes da audiência também reclamaram da falta de políticas voltadas aos adultos autistas. Conforme sublinhou o deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), a maioria das leis preveem cuidado apenas na infância e na adolescência. “Mas o autismo não acaba aos 18 anos”, ironizou.

De acordo com Fred Linhares, pesquisas apontam que, há 24 anos, a incidência de transtorno do espectro autista era de 1 caso para mil nascimentos, enquanto hoje já estaria em 1 para cada 36 crianças.

Leia Também:  Para relator, debate sobre semipresidencialismo não deve contaminar eleições

“Chega de dizer que autismo é raro, e sendo raro, não é urgente para criação de políticas públicas” disse. “Nós, parlamentares, e todos que estão aqui presentes, precisamos juntos garantir às pessoas com transtorno de espectro autista, mesmo que adquiram a maioridade, os direitos estabelecidos na lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência.”

Deputados relataram propostas para melhorar o atendimento à população autista. Marangoni, por exemplo, falou sobre projeto de sua autoria que garante prioridade aos autistas em consultas e exames para diagnóstico do transtorno.

Já a deputada Andreia Siqueira (MDB-PA) apresentou projeto para criar programa de proteção de mães, pais e responsáveis por autistas (PL 1571/23). Segundo afirmou, o objetivo da medida é possibilitar a abordagem do transtorno de “forma acolhedora e respeitosa”, por meio de acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado.

Conscientização
Criado pela Organização Mundial da Saúde em 2007, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo é comemorado em 2 de abril.

A OMS estima que mais de 70 milhões de pessoas vivam com autismo, 1% da população mundial. No Brasil, o órgão acredita que cerca de 2 milhões de habitantes têm o transtorno.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Comissão recebe dossiê sobre elevada contaminação de agrotóxico nas águas do Cerrado

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Lei cria 49 cargos no Tribunal do Trabalho da Bahia

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA