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Deputados repudiam atos violentos ocorridos nesta segunda-feira em Brasília

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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Breves Comunicados. Dep. Alexandre Frota (PROS - SP)
Alexandre Frota: é preciso punir vândalos que deixaram rastro de destruição

Diversos parlamentares aproveitaram a sessão do Plenário da Câmara dos Deputados desta terça-feira (13) para criticar os atos violentos ocorridos em Brasília na noite de ontem. Bolsonaristas tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e atearam fogo em diversos veículos.

A depredação foi iniciada no início da noite após a prisão do indígena Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de participar de atos antidemocráticos.

Enquanto presidia a sessão, o deputado Alexandre Frota (Pros-SP) afirmou que os bolsonaristas deixaram um “rastro de destruição”. “Esta Casa tem que se fazer presente para punir esses vândalos criminosos que fizeram essas ações ontem”, disse.

O deputado Marx Beltrão (PP-AL) afirmou que presenciou alguns atos de vandalismo. “Passaram várias pessoas com bandeiras na mão, jogando pedras, jogando pau, ateando fogo em veículos, causando pânico em quem lá estava presente, ameaçando inclusive as pessoas”, relatou.

Ele declarou que os atos não podem ser confundidos com manifestação política. “O que aconteceu ontem foi que alguns criminosos fizeram manifestações com atos de total terrorismo”, avaliou.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) cobrou a punição daqueles que participaram dos atos violentos. “A impunidade de bandidos, criminosos, ativistas do crime, bolsonaristas e terroristas não seguirá”, cobrou.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) também criticou a atuação das autoridades policiais. “É de se estranhar que nenhum desses terroristas tenha sido preso. Basta olhar as imagens, estão com a cara lavada e limpa, com o porrete na mão, atacando carros, espalhando botijão de gás para botar fogo e explodir perto de posto de gasolina. Foi o que fizeram ontem. Todo mundo viu isso”, afirmou.

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O deputado Airton Faleiro (PT-PA) também condenou a violência. “Ali foi muito além de atos de vandalismo: ali foram atos de terrorismo antidemocráticos, em relação aos quais, aliás, não teremos desculpas para que sejam punidos severamente, para que isso não se repita, porque as câmeras já mostram os autores”, disse.

Para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), os atos de ontem são o “Capitólio tupiniquim”, em referência à violência ocorrida nos Estados Unidos após a derrota de Donald Trump. “Essa gente quer golpe de Estado. Essa gente quer que não seja respeitada a eleição, que voltemos a 1964, que os generais comandem, quer a tortura, a bandidagem, a opressão sobre o povo, o desaparecimento político”, disse.

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) negou que os vândalos sejam partidários do presidente Jair Bolsonaro acampados em frente aos quartéis contra o resultado da eleição. “Os caras que estavam lá ontem tinham máscaras”, afirmou.

Para o parlamentar, os atos de vandalismos teriam sido cometidos por pessoas infiltradas. “A ânsia deles em querer dizer que isso tudo daí foi obra da direita, de bolsonarista, só corrobora a nossa suspeita de que realmente foi algo feito por infiltrados”, afirmou o parlamentar sem apresentar provas.

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A declaração foi rebatida por outros deputados. O deputado Marcon (PT-RS) ressaltou que os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva estavam todos do outro lado da cidade, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), celebrando a diplomação do presidente eleito.

“Eduardo Bolsonaro acha que o povo é idiota em acreditar nas mentiras que eles estão dizendo, ou seja, dizer que a esquerda é que saiu para queimar ônibus ontem à noite, para queimar carros ontem à noite, para atacar a Polícia Federal. A esquerda, ontem, estava lá no Tribunal Superior Eleitoral prestigiando a democracia, prestigiando o torneiro mecânico que, pela terceira vez, recebe o diploma de presidente da República”, disse.

Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), faltou atuação das forças policiais para conter os bolsonaristas. “O Brasil não aceita esse tipo de violência. Nós temos que garantir a paz e a democracia em nosso País. Infelizmente, tanto a polícia do Distrito Federal como a Polícia Federal não têm atuado de forma consistente”, disse.

O deputado Helder Salomão (PT-ES) também condenou os atos. “Isso não é liberdade de expressão. Isso não é liberdade de manifestação. Isso é terrorismo”, disse.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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