POLITÍCA NACIONAL
Deputados repudiam atos violentos ocorridos nesta segunda-feira em Brasília
POLITÍCA NACIONAL

Diversos parlamentares aproveitaram a sessão do Plenário da Câmara dos Deputados desta terça-feira (13) para criticar os atos violentos ocorridos em Brasília na noite de ontem. Bolsonaristas tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e atearam fogo em diversos veículos.
A depredação foi iniciada no início da noite após a prisão do indígena Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de participar de atos antidemocráticos.
Enquanto presidia a sessão, o deputado Alexandre Frota (Pros-SP) afirmou que os bolsonaristas deixaram um “rastro de destruição”. “Esta Casa tem que se fazer presente para punir esses vândalos criminosos que fizeram essas ações ontem”, disse.
O deputado Marx Beltrão (PP-AL) afirmou que presenciou alguns atos de vandalismo. “Passaram várias pessoas com bandeiras na mão, jogando pedras, jogando pau, ateando fogo em veículos, causando pânico em quem lá estava presente, ameaçando inclusive as pessoas”, relatou.
Ele declarou que os atos não podem ser confundidos com manifestação política. “O que aconteceu ontem foi que alguns criminosos fizeram manifestações com atos de total terrorismo”, avaliou.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) cobrou a punição daqueles que participaram dos atos violentos. “A impunidade de bandidos, criminosos, ativistas do crime, bolsonaristas e terroristas não seguirá”, cobrou.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) também criticou a atuação das autoridades policiais. “É de se estranhar que nenhum desses terroristas tenha sido preso. Basta olhar as imagens, estão com a cara lavada e limpa, com o porrete na mão, atacando carros, espalhando botijão de gás para botar fogo e explodir perto de posto de gasolina. Foi o que fizeram ontem. Todo mundo viu isso”, afirmou.
O deputado Airton Faleiro (PT-PA) também condenou a violência. “Ali foi muito além de atos de vandalismo: ali foram atos de terrorismo antidemocráticos, em relação aos quais, aliás, não teremos desculpas para que sejam punidos severamente, para que isso não se repita, porque as câmeras já mostram os autores”, disse.
Para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), os atos de ontem são o “Capitólio tupiniquim”, em referência à violência ocorrida nos Estados Unidos após a derrota de Donald Trump. “Essa gente quer golpe de Estado. Essa gente quer que não seja respeitada a eleição, que voltemos a 1964, que os generais comandem, quer a tortura, a bandidagem, a opressão sobre o povo, o desaparecimento político”, disse.
Autoria
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) negou que os vândalos sejam partidários do presidente Jair Bolsonaro acampados em frente aos quartéis contra o resultado da eleição. “Os caras que estavam lá ontem tinham máscaras”, afirmou.
Para o parlamentar, os atos de vandalismos teriam sido cometidos por pessoas infiltradas. “A ânsia deles em querer dizer que isso tudo daí foi obra da direita, de bolsonarista, só corrobora a nossa suspeita de que realmente foi algo feito por infiltrados”, afirmou o parlamentar sem apresentar provas.
A declaração foi rebatida por outros deputados. O deputado Marcon (PT-RS) ressaltou que os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva estavam todos do outro lado da cidade, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), celebrando a diplomação do presidente eleito.
“Eduardo Bolsonaro acha que o povo é idiota em acreditar nas mentiras que eles estão dizendo, ou seja, dizer que a esquerda é que saiu para queimar ônibus ontem à noite, para queimar carros ontem à noite, para atacar a Polícia Federal. A esquerda, ontem, estava lá no Tribunal Superior Eleitoral prestigiando a democracia, prestigiando o torneiro mecânico que, pela terceira vez, recebe o diploma de presidente da República”, disse.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), faltou atuação das forças policiais para conter os bolsonaristas. “O Brasil não aceita esse tipo de violência. Nós temos que garantir a paz e a democracia em nosso País. Infelizmente, tanto a polícia do Distrito Federal como a Polícia Federal não têm atuado de forma consistente”, disse.
O deputado Helder Salomão (PT-ES) também condenou os atos. “Isso não é liberdade de expressão. Isso não é liberdade de manifestação. Isso é terrorismo”, disse.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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