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Deputados repudiam manifestações nazistas em podcast e programa de TV

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Reprodução YouTube
Os deputados Kim Kataguiri e Tabata Amaral foram convidados do podcast

Muitos parlamentares aproveitaram a fase de discursos do Plenário desta quarta-feira (9) para repudiar manifestações consideradas nazistas em meios de comunicação. Nos últimos dias, o apresentador do Flow Podcast, Monark, foi acusado de apologia ao nazismo ao defender a criação de um partido nazista no Brasil; e o comentarista Adrilles Jorge foi desligado da Jovem Pan após gesto associado ao nazismo.

A Procuradoria-Geral da República abriu procedimento para apurar se houve apologia ao nazismo por parte de Monark e do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que também participou do podcast. Nas redes sociais, Kataguiri divulgou um vídeo em que diz que a sua fala está sendo distorcida. Segundo ele, a discussão do podcast era sobre a melhor maneira de condenar o nazismo.

“O que eu disse é que a melhor maneira de rechaçar, de repudiar essa ideologia nefasta é justamente criando a rejeição social, fazendo essa ideia ser inadmissível por meio do debate. Não teve defesa do nazismo”, declarou.

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O parlamentar disse ainda pelas redes sociais que vai colaborar com as investigações porque o seu discurso foi “absolutamente antinazista”.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que também foi convidada do podcast, afirmou por meio de suas redes sociais que “a nossa liberdade termina quando começa a do outro. Ponto final. O nazismo e outras ideologias que ameaçam a existência e integridade de pessoas ou grupos, sejam judeus, PCD, negros ou LGBTQIA+, são intoleráveis e devem ser banidas. Isso sempre foi e será inegociável para mim”.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que os parlamentares precisam deixar claro, de maneira definitiva, que há uma lei no Brasil que proíbe apologia à superioridade racial, à superioridade étnica. “Infelizmente, nós hoje tivemos um jovem comentarista, o Adrilles, demitido da Jovem Pan após, ao fim de uma vocalização nazista, realizar um gesto fascista ao fim da sua entrevista. Ontem, com a anuência, o silêncio de um deputado, nós verificamos o alongamento de uma fala nazista, literalmente nazista, na defesa de um partido nazista no Brasil”, condenou.

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O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) também afirmou que os comentários devem ser rechaçados pela sociedade. “Para que um partido nazista no Brasil? Para quê? Para pregar a morte de judeus? Para pregar a supremacia racial? O nazismo é crime. E não dá para esquecer o mal que o nazifascismo fez contra a humanidade”, afirmou.

Para o deputado Airton Faleiro (PT-PA), é necessário destacar a reação contrária que emergiu imediatamente após a divulgação do podcast e do programa de televisão. “Eu acho que houve uma reação bastante importante em desautorizar essas iniciativas, digamos assim, que confrontam a legalidade no nosso País. Tudo isso é importante”, disse.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Geórgia Moraes

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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