POLITÍCA NACIONAL
Deputados veem avanços em resultado da COP 27
POLITÍCA NACIONAL

Deputados que participaram da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27) viram avanços no acordo fechado após duas semanas de negociações no Egito. O encontro foi encerrado neste domingo (20).
Os participantes chegaram a um acordo para a criação de um fundo de “perdas e danos” para os países mais afetados pelas mudanças climáticas.
O deputado Carlos Veras (PT-PE) considerou o compromisso “extremamente importante”. “Os países desenvolvidos têm que dar um suporte aos países em desenvolvimento. E esse fundo é extremamente importante, por isso a conclusão da COP acabou saindo da sexta pro sábado, para garantir a criação e manutenção desse fundo”, afirmou. “A base é os países mais ricos financiar e compensar os países em desenvolvimento. Porque os mais ricos não têm muito o que preservar porque eles meio que já desmataram tudo”, acrescentou.
Para o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), é um avanço relevante, porém, que ainda vai demorar a ser concretizado. “A COP deste ano avançou em definir claramente que isso será feito e implementado. Nós já tínhamos dito isso há seis anos. Mas não havia consenso de que era chegada a hora de começarmos a efetivar a liberação desses recursos”, disse.
Cajado acredita que o detalhamento poderá ser apresentado na próxima COP, para que o pagamento do fundo possa começar em 2024.
Ambos os parlamentares ressaltaram outro resultado da conferência, que foi a manutenção do limite de aquecimento global em 1,5°C. Carlos Veras lamentou que a previsão de aquecimento até o fim deste século atualmente esteja acima dos 2°C, e Cláudio Cajado citou a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia como fatores para que a estimativa não tenha baixado.
Veras e Cajado também destacaram a forte presença brasileira na COP 27, inclusive com a ida do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, e a proposta de se realizar a Cop 30, em 2025, na Amazônia.
Reportagem – Paula Bittar
Edição – Rachel Librelon
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO3 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO2 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
GERAL3 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil
-
MATO GROSSO8 horas atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS8 horas atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
ARTIGOS8 horas atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama