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Dirigentes da Petrobras dizem que empresa quer liderar a transição energética do País

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POLITÍCA NACIONAL

A Câmara dos Deputados lembrou o aniversário de 70 anos da Petrobras, comemorados no dia 3 de outubro, em uma sessão solene no Plenário. O diretor de Processos Industriais da empresa, William França, disse que a Petrobras está pronta para liderar a transição energética do País e que está em negociação com a refinaria Riograndense, no Rio Grande do Sul, para que ela se torne a primeira refinaria totalmente verde do Brasil com a produção de biocombustíveis. Também existe uma parceria com a Landulpho Alves, na Bahia, no mesmo sentido.

França disse, no entanto, que a transição deve ocorrer sem abrir mão de explorar petróleo. “Não vamos nunca nos esquecer que a nossa galinha de ovos de ouro é a produção de óleo e gás porque combustível fóssil ainda vai ser fundamental para o País por muitos anos.”

Por isso, ele acrescentou que a empresa não deve desistir da exploração de petróleo na chamada margem equatorial, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte (veja infográfico abaixo). A operação teve uma primeira autorização do Ibama no mês passado; mas tem provocado protestos de ambientalistas. A transição energética busca justamente reduzir a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono resultante da queima de combustíveis fósseis.

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O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, ressaltou que graças à Petrobras, o Brasil pode planejar e executar um plano de transição energética. “Além da produção de biocombustível, temos sólidas parcerias e pesquisas para ingressar no mercado de energia eólica offshore.”

Os participantes da sessão lembraram ainda que a história da Petrobras sempre foi polêmica, desde o início, quando muitos defendiam a entrega do mercado às companhias internacionais. Também foram levantadas dúvidas sobre a exploração em águas profundas, na camada pré-sal. Mas hoje a empresa fornece quase 80% da produção nacional. “Ter a autossuficiência energética garante nosso futuro como Nação”, completou Bacci, que também criticou a ideia de privatizar a empresa.

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Jorge Solla sugeriu a homenagem à Petrobras

Lava-Jato
O deputado Jorge Solla (PT-BA), que pediu a realização da sessão solene, criticou a operação Lava-Jato, que buscou apurar denúncias de corrupção nos contratos da empresa. Solla disse que a forma como a operação foi realizada teve consequências negativas para a indústria nacional.

“Com isso, destruíram a indústria naval, destruíram os nossos estaleiros. Centenas de milhares de empregos no País foram fechados graças à forma com que, sob o discurso de combater a corrupção, na verdade estavam desmontando a indústria nacional. Estavam entregando as nossas riquezas, estavam impedindo que o País continuasse na rota do seu desenvolvimento.”

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O deputado também disse que, entre 2016 e 2022, foram vendidos ativos da Petrobras no valor de R$ 243,7 bilhões; mas que, segundo ele, valeriam muito mais.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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