POLITÍCA NACIONAL
Embratur e especialistas mostram, na Câmara, o potencial do afroturismo no Brasil
POLITÍCA NACIONAL
Representantes do governo federal e agentes de afroturismo apresentaram, na Câmara dos Deputados, uma série de ações para alavancar o turismo do País a partir de variados elementos da cultura negra. O tema foi debatido na Comissão de Turismo nesta quarta-feira (14). Presidente da Embratur, o ex-deputado Marcelo Freixo lembrou que o setor corresponde hoje a 7,8% do PIB e tem amplo potencial de crescimento a partir da aposta no afroturismo.
O desenvolvimento dessa atividade também é estratégico no combate ao racismo estrutural do País, segundo Freixo. “Mais do que não tolerar o racismo, a gente tem que fazer da igualdade racial um produto, uma identidade e uma visão que nos traga emprego, crescimento e desenvolvimento”, defendeu.
Organizador do debate, o deputado Bacelar (PV-BA) também vê boas perspectivas para o afroturismo a partir da mudança de perfil do turista tradicional. “As pessoas querem ter contato com a cultura local. Você chegar, por exemplo, à cidade de Salvador, ir a um templo religioso – como o Ilê Axé Opô Afonjá – que é uma pequena aldeia africana com museu, culinária, artesanato, vestuário, oficina, música, dança, religião… Não tem parque, no mundo, que consiga superar isso” destacou.
A coordenadora de diversidade, afroturismo e povos indígenas da Embratur, Tânia Neres, citou uma série de experiências em curso, como as visitações ao Cais do Valongo e ao Quilombo Pedra do Sal, no Rio de Janeiro; a Caminhada Salvador Negra, na Bahia; e o Parque Memorial dos Palmares, em Alagoas, que já recebeu mais de 10 mil visitantes de 19 países desde 2020. Além de resgate histórico, o afroturismo também tem foco em valorização cultural.

Tânia Neres anunciou iniciativas para ampliar o mercado e a interação sobretudo com a África e os Estados Unidos. “Os Estados Unidos são o nosso mercado potencial não à toa: os americanos negros gastaram US$ 109 bilhões em turismo, nesse grande interesse que eles têm por reconexões ancestrais”, disse.
Segundo a Diáspora.Black, plataforma digital de promoção do afroturismo, 85% das iniciativas são lideradas por mulheres e 35% são registradas como microempreendedor individual (MEI). Porém, a falta de políticas públicas, de investimentos e de infraestrutura ainda são determinantes para o baixo faturamento: 48% indicaram renda de apenas mil reais por mês com afroturismo.
Circuitos
A coordenadora de articulação interfederativa do Ministério da Igualdade Racial, Melina de Lima, apresentou o Programa Rotas Negras, que busca desenvolver “circuitos afrocentrados” em 188 municípios. “É importante entender que o afroturismo é feito por nós, pessoas pretas. Ter essa história recontada por nós e ressaltando a beleza, a realeza e a potência do povo negro é o melhor caminho para preservar a nossa própria história”.
O Ministério do Turismo informou que o tema também está presente em projetos específicos, como “Experiências do Brasil Original”.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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