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Especialistas do setor varejista pedem mais fiscalização tributária sobre as compras eletrônicas no exterior

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POLITÍCA NACIONAL

Especialistas convidados pelo Grupo de Trabalho sobre Digitalização e Desburocratização da Câmara dos Deputados para falar sobre a tributação do comércio eletrônico afirmaram que o governo já tem instrumentos para buscar o recolhimento total dos impostos desse setor, principalmente dos produtos que vêm de fora.

Segundo o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, Jorge Gonçalves Filho, a evasão tributária no setor de varejo foi de R$ 220 bilhões em 2020, sendo que R$ 66 bilhões somente em vestuário e calçados. Em relação ao que vem de fora, são mais de 177 milhões de pacotes por ano com uma evasão estimada de R$ 40 bilhões.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel, é preciso reforçar a fiscalização aduaneira em relação às pequenas encomendas externas para tornar a competição mais justa com o produto nacional.

Ele criticou a proposta do governo de negociar com as empresas estrangeiras a antecipação dos dados sobre as importações para recolher o tributo antecipadamente: “Se você for pego sonegando imposto dentro do país, ou se vender produto falsificado ou pirata, você fecha seu estabelecimento. Então, eu não acho que deve haver essa condescendência como se elas estivessem fazendo um grande favor de pagar o devido imposto”, disse Pimentel.

Pablo Valadares / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Transformação digital da administração pública brasileira. Dep. Julio Lopes (PP - RJ)
Julio Lopes: grandes varejistas estão fechando centenas de lojas

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Fim da isenção
O deputado Julio Lopes (PP-RJ) informou que apresentou projeto de lei (PL 1623/23) que elimina a isenção para compras de pequeno valor no exterior:

“A gente tem notícia de varejistas grandes que estão fechando centenas de lojas, perdendo milhares de empregos. E não é possível que o governo não tenha a sensibilidade de apoiar uma medida legislativa. Não estamos nem pedindo que o governo faça a medida”, afirmou.

Segundo o analista dos Correios Vantuyl Barbosa, 100% das encomendas passam por raio X e a Receita Federal determina o que vai ser tributado. As encomendas de até 50 dólares (aproximadamente 250 reais) enviadas por pessoas físicas não são tributadas. Mas algumas empresas fragmentam as vendas para ficar dentro do limite, ou declaram valores menores.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres, destacou que o governo está trabalhando para desburocratizar as compras e vendas externas.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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