POLITÍCA NACIONAL
Especialistas ressaltam eficácia da navegação de pacientes nos casos de câncer de mama
POLITÍCA NACIONAL
Para implementar a nova lei que estabeleceu o Programa Nacional de Navegação de Pacientes com Câncer de Mama (Lei 14.450/22) é preciso garantir na sua regulamentação a melhoraria da coordenação dos atendimentos dentro do SUS. O alerta foi dado pela representante do Instituto Avon, Renata Rodovalho, durante seminário realizado pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11).
Ela destacou a experiência realizada no Hospital de São João de Meriti (RJ), entre janeiro e julho de 2020, que resultou na melhoria do atendimento dos pacientes. Segundo ela, houve uma “pequena intervenção de reorganização do fluxo de atendimento” na atenção ao câncer de mama. “Passamos de 24% para 86% de sucesso no cumprimento da lei dos 60 dias. Esse resultado não é trivial, é muito impactante. A partir disso, o Instituto Avon passou a destinar boa parte do seu investimento para promover e levar a navegação de pacientes como uma bandeira, uma prioridade nos nossos investimentos na causa do câncer de mama”, disse.

A navegação é o acompanhamento do paciente desde a sua entrada no serviço de saúde, e para que funcione corretamente em todo o país, a representante do Instituto do Câncer, Liz Maria de Almeida, afirmou que é preciso investir na capacitação dos profissionais que vão acompanhar o paciente dentro do SUS.
“Investimento na saúde tem sim que ser muito grande, então a gente vai ter que ter recursos para treinar o pessoal; mas a gente tem que, acima de tudo, tentar fazer com que a proposta de navegação alavanque a organização”.
A procuradora da Mulher da Câmara, deputada Tereza Nelma (PSD-AL) destacou que o câncer de mama é a principal causa de morte entre mulheres antes dos 70 anos. Ela reforça que, como não existe prevenção, os exames são fundamentais para o diagnóstico da doença e para o cumprimento da legislação é preciso o esforço dos gestores nas três esferas de governo.
“Na grande maioria dos casos, a realização dos exames de rastreamento é essencial para a descoberta do câncer de mama em seu estágio inicial, o que favorece o tratamento e as chances de cura”.
Dados da Pesquisa realizada pelo Observatório de Oncologia em parceria com o Instituto Avon mostram que o Brasil ainda está longe da cobertura ideal dos exames de mamografia, que deve ser de 70%, mas que atualmente varia de 9% a 21% nas diversas regiões. Ainda segundo a pesquisa, 42% dos procedimentos foram realizados em pacientes com a doença já em estado avançado, prejudicando as chances de sobrevivência.
Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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