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Falta de recursos dificulta acesso a diagnóstico de câncer de mama no SUS, reclamam especialistas

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Em meio à campanha do Outubro Rosa, de conscientização sobre o câncer de mama, especialistas afirmam que a realização de exames para diagnóstico, além do tratamento da doença, dependem de recursos que muitas vezes não chegam ao SUS. Durante audiência pública da Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil nesta terça-feira (3), a diretora do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Verônica Savatin, afirmou que muitos exames são de fácil acesso na rede privada, mas não na rede pública.

“Qual é a garantia de que aqueles pacientes dependentes do Sistema Único de Saúde terão acesso a esses procedimentos e exames?”, questionou.

O presidente da comissão, deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), reforçou que é necessário ter uma fonte de financiamento e comunicou que a comissão está trabalhando em uma alternativa para criar um Fundo Nacional de Enfrentamento ao Câncer. “Nós não vamos tirar recursos de outros lugares, nós estamos propondo recursos que estão parados e podem salvar vidas”, disse ele.

A representante do Grupo Escolhemos Viver, Cíntia Cerqueira, paciente oncológica desde 2018, relatou que a falta de medicamentos é prejudicial aos pacientes acometidos pelo câncer. “O nosso outubro, infelizmente, não é rosa. O nosso outubro é cinza e sombrio, por falta de medicamentos, por falta de exames e por falta de médicos que tenham compaixão”, disse.

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Para a deputada Silvia Cristina (PL-RO), o poder público ainda precisa fazer muito para contribuir com os pacientes oncológicos. Segundo ela, “não adianta só falar sobre melhorias se não houver ação. Um pronunciamento que não consegue atingir o seu José e a dona Maria com políticas públicas não serve.”

O câncer de mama é a maior causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 73.610 casos desse tipo de câncer foram estimados para o ano de 2023, o que significa um risco de aproximadamente 66 casos a cada 100 mil mulheres.

Divulgação/Governo de São Paulo
Saúde - mamografia - exames médicos prevenção câncer mama (Carreta "Mulheres de Peito" em Mogi das Cruzes-SP)
Profissional analisa imagem de mamografia

Outubro Rosa
As campanhas de conscientização sobre o câncer de mama acontecem no Brasil desde o início dos anos 2000, mas só em 2018 foi instituído por lei o Outubro Rosa. A campanha tem o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer e conscientizar a população sobre a importância de fazer exames para detecção precoce e contribuir para um maior acesso aos serviços de diagnóstico.

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Os principais sintomas suspeitos do câncer de mama são:
● nódulos palpáveis na mama, axilas ou pescoço;
● pele da mama avermelhada ou irritada;
● secreção no mamilo;
● pele com aspecto enrugado;
● dor na mama ou no mamilo;
● inchaço em toda a mama.

Reportagem – Joana Lacerda
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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