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Gestores contestam criação da Universidade Federal do Iguaçu

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Debatedores contestaram na segunda-feira (15), em audiência pública, a criação da Universidade Federal do Iguaçu (UFI), no estado do Paraná. A medida está prevista em um projeto de lei (PL 4505/21) em análise na Câmara dos Deputados.

De autoria do deputado Filipe Barros (PL-PR), o texto determina que a nova universidade será formada pelos campi paranaenses da atual Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A UFFS possui outros quatro campi, sendo três no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina, onde está a sede (Chapecó).

Para o reitor da UFFS, João Alfredo Braida, a cisão da universidade prejudica o projeto de estruturação da instituição, que está em andamento, e reduz o seu poder em disputar recursos de editais das agências de fomento. “Hoje, precisamos fortalecer, consolidar os campi que temos”, disse Braida.

Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Criação da Universidade Federal do Iguaçu (PL 4505/21). Reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul - Universidade Federal da Fronteira Sul, João Alfredo Braida
João Alfredo Braida: é preciso consolidar os campi existentes

Criada em 2009, a UFFS possui um quadro formado por 766 docentes, 719 técnicos administrativos e cerca de 6.600 alunos. Braida refutou ainda o argumento de Filipe Barros, ao propor o projeto de lei, de que os campi do Paraná, localizados nas cidades de Realeza e Laranjeiras do Sul, estariam desassistidos, o que justificaria a criação da UFI.

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A emancipação das unidades paranaenses da UFFS também foi criticada pelos gestores dos dois campi, Marcos Antônio Beal (Realeza) e Manuela Pereira (Laranjeiras do Sul). “Já estamos no limite da nossa estrutura física. Não é nos dividindo que vamos crescer mais”, afirmou Manuela.

Fortalecimento
O Ministério da Educação participou da audiência pública, realizada pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, por meio da diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, Tânia Mara Francisco.

Ela afirmou que a criação de uma universidade exige pelo menos 2.800 vagas para alunos, número que não é preenchido pelos campi de Realeza e Laranjeiras do Sul.

Segundo Tânia, não está nos planos do ministério a criação de novas universidades federais. “Temos a convicção de que é muito importante, neste momento, consolidar a estrutura já existente, em vez de ampliar”, disse.

A audiência foi proposta pelo deputado Tadeu Veneri (PT-PR), que defende a ampliação do debate sobre o assunto. Segundo ele, o projeto não foi devidamente discutido com a comunidade acadêmica. “Vamos solicitar o arquivamento do texto. Cabendo dentro do Regimento [Interno da Câmara], isso será feito”, afirmou.

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Situação
Atualmente, a proposta que cria a UFI aguarda votação na Comissão de Administração e Serviço Público. O relator, deputado Felipe Francischini (União-PR), apresentou parecer favorável. Se não for arquivado, o texto ainda será examinado em outras três comissões (de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania) e no Senado.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Marcelo Oliveira

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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