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Governador e prefeitos pedem recursos para reconstrução do Rio Grande do Sul

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POLITÍCA NACIONAL

A necessidade urgente de consertar os estragos provocados pelas enchentes foi o tom da audiência pública da comissão externa que acompanha os danos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, que reuniu na Câmara dos Deputados dezenas de prefeitos de cidades atingidas pelo desastre.

O prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda, também é presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul. A federação entregou uma carta aos 31 deputados e 3 senadores gaúchos com reivindicações. Os prefeitos gaúchos estão preocupados com as quedas de arrecadação do ICMS, e defendem a recomposição do imposto para garantir a recuperação econômica e social do estado.

Os prefeitos pedem ao governo federal uma emenda à Medida Provisória 1222/24, para ampliar os municípios que vão receber a parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O prefeito Marcelo Arruda acredita que as diferenças políticas em um momento como esse precisam ser colocadas de lado.

Entre as medidas da pauta de reinvindicações apresentada à comissão externa pelo presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulcowski, está também a Proposta de Emenda à Constituição 66/23, em análise no Senado, para o refinanciamento das dívidas dos municípios com a Previdência. A confederação defende ainda a desoneração da folha de pagamento de todos os municípios.

Elio Rizzo / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Utilização de recursos a fundo perdido para o Rio Grande do Sul
Prefeitos lotaram auditório da Câmara dos Deputados

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Dívida pública
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adolfo Brito, acha que o estado precisa brigar pela renegociação da dívida.

O governo federal já suspendeu o pagamento das parcelas da dívida pública do Rio Grande do Sul com a União por 36 meses, mas o governador Eduardo Leite considera a medida insuficiente uma vez que há a obrigação de colocar recursos em um fundo para a reconstrução, que ainda precisa ser regulamentado. Durante a audiência pública, Leite ressaltou a necessidade de abrir mão de filiações políticas na emergência.

O deputado Afonso Motta (PDT-RS) fez autocrítica dos deputados federais gaúchos da Câmara na articulação sobre a regulamentação do fundo, que poderia ter sido feita já na primeira votação. A suspensão do pagamento da dívida vai representar R$ 23 bilhões de reais para o fundo de reconstrução.

O deputado Marcon (PT-RS), coordenador da bancada gaúcha, afirmou que os parlamentares têm se reunido constantemente com o Ministério da Fazenda para garantir os repasses de recursos emergenciais. Apelidadas de “emendas Pix” porque são transferências descomplicadas de dinheiro público, destinadas por um parlamentar para a conta de um Estado ou município, esses repasses representam 8% das emendas de bancada, segundo Marcon.

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A reunião foi presidida pelo deputado gaúcho Marcel Van Hattem (Novo-RS), que pediu a audiência pública. Ele anunciou a realização na semana que vem de outro debate com empresários gaúchos para discutir as dificuldades do setor com a enchente.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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