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POLITÍCA NACIONAL

Governo promete completar estudos sobre concessão da BR-040 até o final de agosto

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POLITÍCA NACIONAL

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência pública - Concessão da rodovia BR-040 trecho Belo Horizonte-Rio de Janeiro/RJ. STEPHANE LOUIS GEORGES QUEBAUD - COORDENADOR GERAL DE OUTORGAS RODOVIÁRIAS DA SECRETARIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES DO MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA
Stephane Quebaud: descontos progressivos para pedágios localizados dentro das cidades

Representantes do governo se comprometeram com os deputados da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados a enviar os estudos sobre a concessão da BR-040 para o Tribunal de Contas da União (TCU) até o final de agosto. Vários prefeitos e políticos mineiros e cariocas acompanharam a audiência e reclamaram do pagamento de pedágios mesmo com a interrupção das obras no trecho da rodovia que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro.

Coordenador-geral de Outorgas do Ministério da Infraestrutura, Stephane Quebaud afirmou que espera a contratação da nova concessionária até agosto de 2023. Em agosto, justamente, vence o prazo para a ‘relicitação’ do trecho que liga Brasília a Juiz de Fora, mantido pela empresa Via 040. Já o trecho Juiz de Fora-Rio de Janeiro está com a Companhia de Concessão Rodoviária de Juiz de Fora-RJ (Concer), por meio de uma liminar judicial. Ambas alegam prejuízos e questionam os contratos em vigor.

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O deputado Hugo Leal (PSD-RJ) criticou a demora nos estudos sobre a concessão. “Enquanto isso, a Concer está cobrando pedágio. Aliás, o juiz, o magistrado de segunda instância, autorizou inclusive aumento do pedágio. Deve ser brincadeira isso!”, disse.

Hugo Leal e o deputado Charlles Evangelista (PP-MG) devem apresentar requerimento de informações ao governo para pedir um detalhamento da situação jurídica da concessão mantida pela Concer.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência pública - Concessão da rodovia BR-040 trecho Belo Horizonte-Rio de Janeiro/RJ. RENAN BRANDÃO - SUPERINTENDENTE DE CONCESSÃO DA INFRAESTRUTURA DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES – ANTT
Renan Brandão: construir se tornou mais caro do que era

Preços dos insumos
O superintendente de Concessão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Renan Brandão, disse que, em função do cenário de alta de preços de insumos como asfalto, cimento e aço, foi necessário rever o projeto de concessão para retirar itens que não fossem essenciais para que o edital seja bem-sucedido.

“Executar obra, construir ativos rodoviários, promover segurança viária; se tornou, no contexto atual, mais caro do que era. Então o desafio de fazer caber em uma tarifa socialmente aceitável esse conjunto de obras fica cada vez mais difícil”, observou.

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O prefeito do município mineiro de Simão Pereira, David Pimenta, reclama de praça de pedágio dentro da cidade, que prejudica moradores que passam pela via todos os dias. Stephane Quebaud, do Ministério da Infraestrutura, explicou que, no novo projeto, haverá descontos progressivos para esses casos. Sobre as reclamações de acidentes frequentes no trecho Congonhas-Conselheiro Lafaiete, Renan Brandão, da ANTT, garantiu que o trecho será um dos primeiros a passar por obras.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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