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Grupo de trabalho quer envolver a sociedade no debate sobre o semipresidencialismo

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Billy Boss/Câmara dos Deputados
Debates sobre sistemas de governo e sugestões para elaboração do plano de trabalho. Dep. Samuel Moreira PSDB-SP
Samuel Moreira: primeiro-ministro seria indicado pelo presidente eleito

Os deputados quem fazem parte do grupo de trabalho que vai analisar a adoção do semipresidencialismo no Brasil manifestaram preocupação com a necessidade de envolver a sociedade no debate para desmistificar o tema. O coordenador do grupo, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), tem defendido uma proposta que começaria a valer para as eleições de 2030.

Na primeira reunião do GT, a deputada Luisa Canziani (PSD-PR) disse que será necessário explicar melhor o que é o sistema para a sociedade.

“Enquanto grupo de trabalho, nós temos uma missão que é desmistificar essa questão junto à sociedade civil organizada e à própria imprensa. O nosso grupo de trabalho está infelizmente sendo rotulado de uma maneira que não é a intenção e o propósito do grupo. Nós estamos aqui para debater, para construir”, disse.

O deputado Samuel Moreira afirma que, na sua proposta, o presidente eleito, que seria o chefe de Estado, indicaria um primeiro-ministro para a chefia do governo. Esse primeiro-ministro teria que ser aprovado no Congresso. O deputado Marcel van Hatten (Novo-RS) apoia a ideia de separar essas funções:

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“É preciso que se separe a chefia de Estado da chefia de governo. Não é que sejam incompatíveis, são complementares. Mas é quase impossível que a mesma pessoa que representa os valores da Nação como um todo consiga ser ao mesmo tempo chefe de um governo que necessariamente tem posições ideológicas e partidárias”, observou.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Grupo de Trabalho - Problemas Psicológicos Jovens Brasileiros
Para Luisa Canziani, é preciso desmistificar a questão do semipresidencialismo

Segundo Samuel Moreira, deveria ser feito um contrato formal para a coalizão governista, explicitando os deputados que apoiam o governo. O objetivo é aumentar a responsabilidade deste bloco com as ações do governo.

No primeiro ano, o primeiro-ministro não poderia ser trocado e nem nos seis meses finais do mandato do presidente. Fora isso, porém, o Congresso ou o presidente teriam o poder de sugerir a troca de maneira rápida. Se três indicações do presidente fossem rejeitadas pelos parlamentares, a Câmara dos Deputados seria dissolvida para novas eleições.

O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) sugeriu que os ex-presidentes brasileiros sejam ouvidos. O plano de trabalho do grupo, que tem prazo até meados de julho para concluir os trabalhos, deverá ser apresentado e votado na próxima reunião.

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Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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