POLITÍCA NACIONAL
Itaipu chega aos 50 anos com reforço nas estratégias de sustentabilidade ambiental
POLITÍCA NACIONAL
Uma sessão no Plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (16) marcou os 50 anos de criação de Itaipu Binacional, a empresa controlada pelos governos do Brasil e do Paraguai e responsável pela usina hidrelétrica líder mundial na produção de energia limpa e renovável no rio Paraná.
O diretor-geral da empresa no Brasil, Enio Verri, aproveitou a ocasião para detalhar o programa “Itaipu Mais que Energia”, que reforça as estratégias de integrar ações de desenvolvimento tecnológico, conservação ambiental e crescimento social na área de influência da hidrelétrica.
“Estamos explorando energias alternativas e investindo na instalação de painéis solares em comunidades locais e em pesquisas sobre biogás e hidrogênio verde. Essas iniciativas estão alinhadas com as metas globais de energia renovável e refletem o nosso compromisso com inovação e sustentabilidade energética”.
Recentemente, Itaipu já havia celebrado o replantio de 24 milhões de mudas de árvores da Mata Atlântica no entorno da usina. Também mantém espaços de preservação da fauna silvestre ameaçada de extinção. A gestão dos recursos hídricos já deu à empresa o “Prêmio Água para a Vida”, concedido pela ONU.
Com as novas iniciativas do “Itaipu Mais que Energia”, Enio Verri espera melhorias de acesso ao saneamento básico, incentivo à agroecologia e fortalecimento da assistência técnica voltada à agricultura familiar e às comunidades tradicionais.
“O programa visa reduzir passivos ambientais, expandir a reciclagem de resíduos sólidos, diminuir a carga de poluentes e sedimentos nas águas, conservar solos e recuperar áreas vitais para o equilíbrio ecológico”.

Um dos organizadores das homenagens à empresa no Plenário da Câmara, o deputado Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) ressaltou a relevância de Itaipu sobretudo para os moradores de Paraná e Mato Grosso do Sul.
“Seja na questão ambiental ou social, Itaipu vem ajudando aqueles municípios mais pobres. Hoje, no Mato Grosso do Sul, 35 municípios recebem projetos. E no Paraná, todos os municípios, sem exceção, recebem as mesmas condições”.
A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que já foi diretora da empresa, resgatou um pouco do histórico de Itaipu Binacional, criada em 17 de maio de 1974.
“A primeira grande obra de Itaipu foi sua engenharia diplomática, no sentido de superar rivalidades entre países fronteiriços. A partir de então, nossa engenharia de projetos e construção pesada passou a atuar na gigantesca obra da (então) maior usina hidrelétrica do mundo. Os recursos captados para a sua construção chegaram a 27 bilhões de dólares, quitados finalmente em fevereiro de 2023. Mas é quase incalculável o seu impacto sobre o desenvolvimento e a segurança energética do Brasil”.
A hidrelétrica começou a operar efetivamente há 40 anos, em maio de 1984. Desde então, gerou mais de 3 bilhões de megawatts-hora de energia acumulada, o que é um recorde histórico no mundo. Hoje, a Itaipu fornece 8,7% da energia elétrica consumida no Brasil e 86% no Paraguai.
O diretor-geral de Itaipu no Paraguai, Justo Zacarias Irun, destacou os 50 anos de “parceria e solidariedade entre os dois países”. “As coincidências entre paraguaios e brasileiros na construção desse movimento superam, em milhares de vezes, algumas questões que, por vezes, a gente pode não ficar de acordo”.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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