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POLITÍCA NACIONAL

Líder da federação Psol-Rede diz que prioridade da bancada será combater desigualdades sociais

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POLITÍCA NACIONAL

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Sessão para a votação de propostas legislativas. Dep. Guilherme Boulos(PSOL - SP)
Boulos foi o deputado federal mais votado no estado de São Paulo

O líder da federação Psol-Rede, deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), disse que a prioridade da bancada neste ano será ajudar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a combater as desigualdades sociais. “O País voltou ao mapa da fome, índice de desemprego alto, queda da renda do trabalhador, então a prioridade, enquanto bancada, é levar a agenda do País para os mais pobres, para a ampliação de direitos, para a esquerda”, disse.

Ele citou, como exemplo, o debate de reforma tributária em curso no Congresso Nacional. “Nós temos que simplificar tributos, mas temos que fazer que tenha uma justiça tributária no País, que os bilionários paguem mais, grandes fortunas, lucros e dividendos, ou seja, reduzir a tributação dos mais pobres e da classe média, que já pagam muito, e ampliar para aqueles que têm demais e pagam muito pouco”, exemplificou o deputado.

No que se refere ao debate do combate à fome, Boulos citou, como prioridade, o Projeto de Lei 491/23, de sua autoria, que institui o Programa Cozinha Solidária, para distribuição de alimentação gratuita à população em situação de rua, como política pública emergencial de combate à fome no Brasil. Além disso, citou como prioridade a aprovação da medida provisória que cria o novo programa do Minha Casa, Minha Vida (MP 1162/23). “São esses temas que o Congresso têm que discutir, não os retrocessos que Bolsonaro pautou na Casa nos últimos quatro anos”, destacou.

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Polarização
Boulos considera a polarização política como parte da discussão democrática, mas defendeu o combate à intolerância e à violência. “Ter posições diferentes, um embate leal, correto, duro às vezes, é parte da democracia, o que não pode é ter intolerância e violência e temos que coibir isso aqui na Casa”, afirmou.

Para ele, a polarização política é resultado da dinâmica da própria sociedade brasileira: “Um país que tem o nível de desigualdade que a gente tem, que é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e tem 33 milhões de pessoas com fome, não dá para achar que o clima político aqui vai ser o da Suécia, o da Noruega, o da Dinamarca”, avaliou.

“O problema não é a polarização, mas quando ela descamba para violência e a intolerância, que é o tom que o bolsonarismo impôs nos últimos anos: falar em golpe, atacar a democracia, querer tratar opositor na bala, é isso que não pode”, concluiu.

Perfil
Guilherme Boulos exerce o primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Ele foi o deputado federal mais votado no estado de São Paulo, com 1.001.472 votos. Assumiu uma posição na equipe de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participando do grupo de trabalho sobre habitação e cidades.

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Boulos também já foi o candidato do Psol à Presidência da República em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020, tendo sido derrotado nas duas disputas.

Líder partidário
O líder partidário é o deputado escolhido pela bancada para representar os interesses da legenda na Câmara: orientar votações, participar do colégio de líderes, indicar os integrantes das comissões.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcia Becker

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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